"BIOGRAFIA"

"Victor de Deus"

 

Victor Manuel de Deus; nascido em 22 de Julho de 1947; natural de Torres Novas; de pseudónimo literário «Nuno Silva Torres»

Escreve desde os seus 16 anos de idade.

Poemas musicados: - (O barco da nossa cama; É Fado a nossa vida; Nunca encontrarei guarida; O segredo do teu corpo; Que estranha vida; viver solidão); pelo Prof. Arménio de Melo; com registo na SPA - para além de tocar e ter feito parte de vários conjuntos musicais. Em tertúlias amigáveis, por vezes também canta uns fados.

Tem um gosto salutar pela poesia declamada.

Actualmente é membro de “Confrades da Poesia” – Amora / Portugal.

 
Bibliografia:
 
Blog:
E-mail: vdedeus3@hotmail.com
 

É fado a nossa vida
 
 
É fado a nossa vida e sem maldade
Os sonhos vão crescendo, cresce a esperança,
Venturas, desventuras e de criança
Tudo fica na mente com saudade.
 
 
Eu vivo assim
Porque já tenho a meu lado
Uma dor sem fim
Que me deu meu triste fado.
 
Talvez um dia
Para ficar sossegado
A nostalgia
Vá viver p´ra outro lado.
 
 
A dor que me destrói é o tormento
Da vida que me embala há muitas luas
Desespero cruel mas sem lamento
Carrego as minhas mágoas e as tuas.
 
 
Victor de Deus
 
 
 
 
 
Nunca encontrarei guarida
 
 
Minha mãe, bebo a tristeza
P’ra curar a minha alma
Neste dia sem carinho!...
O sofrer é concerteza
Um remédio que me acalma
No meu já longo caminho!...
 
Minha mãe, tu foste minha…
Meu refugio!… meu deserto
Com oásis de emoções!...
Cortaste a erva daninha
Quando alguém aqui por perto
Me alimentava ilusões!...
 
Já me deixastes!... e aqui estou
Sózinho (a) com minha cruz
Sem o amor que tu me davas.
Minha mãe sou como sou!...
Nada ou ninguém me seduz
Só tu querida me amavas.
 
Queima-me as veias a esperança
Que amanhã o sol brilhe
E aqueça a minha vida!...
Pura ilusão de criança!...
Por muito caminho que trilhe,
Nunca encontrarei guarida!...
 
 
(Victor de Deus)
 
 
 
Que estranha vida
 
 
Que estranha forma tenho de viver,
Sem nada á minha volta, em solidão.
Um misto de te querer e te perder
Ciúmes a jorrar do coração.
 
Que estranha noite longa, em tempestade!...
Amor, desejos loucos alimento,
E quando caio em mim sem liberdade,
Ao teu corpo e em teus braços me acorrento.
 
Vem possuir-me amor em cada instante!...
Afaga meus cabelos, dá-me carinhos!...
Vem ser minha mulher e a minha amante.
 
E se o vento soprar contra revoltado,
Conduz a minha vida pelos caminhos
Até que o meu amor fique calado!...
 
 
 
Victor de Deus
O Barco da nossa cama
 
 
No “barco” da nossa cama
Um “barco” que não tem porto
O meu amor se derrama
Nas ondas que tem teu corpo.
 
E quando as vagas estão calmas
Os corações batem menos
Felizes estão nossas almas
Os dias são mais amenos.
 
Passa o dia volta a noite !...
Está o “barco” à nossa espera
Que o nosso amor se afoite
Navegar é uma quimera.
 
Bendito “barco” !... Com as velas
Acesas de cada lado
Que o vento não sopre nelas
Prefiro o “barco” parado!...
 
 
Victor de Deus
 
 
 
 
 
 
O segredo do teu corpo
 
O teu corpo é um segredo
Que eu quero descobrir
Mas às vezes tenho medo
De lhe tocar de o sentir,
O teu corpo é um segredo
Que eu quero descobrir.
 
A tua boca, os teus olhos,
Tuas pernas e os teus seios
São para mim sem escolhos
Um louco mar de anseios,
A tua boca e os teu olhos
Tuas pernas e os teus seios.
 
Talvez que a pura ilusão
Que eu tenho por te querer
Destroce o meu coração
Por aqui estares sem te ter,
É talvez pura ilusão
Que eu tenho por te querer.
 
Não penses mais no passado
Olha p’rá frente e sorri
Que a nossa vida num fado
Eu cantarei para ti.
Não penses mais no passado
Olha p’rá frente sorri.
 
 
(Victor de Deus)
 
 
 
 
Viver solidão
 
 
Eu nasci ainda há pouco
E o meu corpo como um louco
Ergueu-se qual um cipreste.
A noite ficou calada
E a janela então fechada
Ergueu-se com o vento agreste.
 
Nascia o sol e em breve
Gélidas chuvas e a neve
Destruíram o meu dia.
Cansado de estar assim
No mar profundo e sem fim
Afoguei minha alegria.
 
Minha alma ficou perdida
E as agruras da vida
Fustigaram-me a razão.
Perdi-me no meu viver
E agora sem querer
Vivo só em solidão.
 
 
Victor de Deus
 
 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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