"BIOGRAFIA"

"Pedro Valdoy"

 

Francisco Pedro Curado Neves nasceu em Estremoz a 25 de Março de 1937.
Tirou o ensino secundário em Lisboa e o curso de Máquinas Marítimas na Escola Náutica Infante Dom Henrique. «Engenheiro de Máquinas».
De 1955 a 1958 esteve em Lourenço Marques a trabalhar na Repartição de Finanças e como jornalista com o pseudónimo de Pedro Valdoy. Nunca concorreu a prémios literários por ser contra os seus princípios.
Em Agosto de 1958 regressou a Lisboa, onde permanece até agora.
Durante seis anos navegou por esses mares em navios Paquetes como Oficial Engenheiro de Máquinas, em especial pelo continente africano. Devido ao casamento, pôs as viagens de lado e foi admitido na E.D.P. até se reformar.
Desde os oito anos que adora escrever. Quando estudante, fundou o jornal de Parede O GAVIÃO . No fim da década de 50 foi jornalista em Lourenço Marques. Conviveu com Reinaldo Ferreira, filho do repórter X, Moura Coutinho e José Craveirinha, então director do BRADO AFRICANO.
Tem poemas publicados em vários jornais de Moçambique, Ilha da Madeira e Portugal Metropolitano.
Participou nos Encontros de Poesia realizados em Vila Viçosa, em 1988. Colaborou em diversas antologias de poesia.
Presta colaboração nos jornais POETAS & TROVADORES e ARTES & ARTES.
Foi Secretário da Direcção da Associação Portuguesa de Poetas, durante dois mandatos.
Pertence à Tertúlia Rio de Prata, esteve na direcção do Cenáculo Literário e Cultural Marquesa de Valverde.
Foi Director do jornal Literário HORIZONTE.
Profissionalmente é Engenheiro na CPPE (EDP). Actualmente está reformado. 
 ACTIVIDADE LITERÁRIA
 Desde os oito anos que adora escrever. Quando estudante, fundou o jornal de Parede O GAVIÃO . Conviveu com Reinaldo Ferreira, filho do repórter X, Moura Coutinho e José Craveirinha, então director do BRADO AFRICANO.
Tem poemas publicados em vários jornais de Moçambique, Ilha da Madeira e Portugal Metropolitano.
Participou nos Encontros de Poesia realizados em Vila Viçosa, em 1988. Colaborou em diversas antologias de poesia.
Presta Colaboração nos jornais POETAS & TROVADORES e ARTES & ARTES.
Colaborou em algumas antologias da Associação Portuguesa de Poetas e da Tertúlia Rio de Prata.
Membro de "Confrades da Poesia". 
BIBLIOGRAFIA
Em 1990 publica o livro de poemas - "POEMAS DO ACASO". Em 1991 edita mais um de poesia, "HÁ CANDEIAS NO FIRMAMENTO. "NO SILÊNCIO DE UMA PALAVRA" sai em 2001 e em 2002 "A MONTANHA AGRESTE" também de poesia. Tem mais três livros digitais editados pela AVBL.
 

Sites e Blogs:

http://www.pedrovaldoy.recantodasletras.com.br

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=769
E-mail: poeta.da.paz@netcabo.pt
 
Amor Renovado
 
  
 Teus olhos são diamantes
 que brilham por onde passas
 com a tua sensualidade própria
 característica sensível
  
 O espelho do amor
 reflecte-se no teu corpo
 com o teu andar
 pela areia da praia
  
 As ondas beijam teus pés
 meio envergonhadas
 nos tempos que passámos
 naquelas férias de sonho
  
 Teus seios sensuais
 deliciam minha alma
 através de uma acalmia
 constante e secreta
  
 A tua ausência
 são facadas no meu coração
 que se sente solitário
 no vazio de uma casa recheada
  
 Teus beijos prolongados
 entoam cânticos celestiais
 no silêncio da noite
 com o sorriso do luar
 
 
 Na nossa infância
 a amizade era grande
 e a cantar parecias
 um rouxinol amoroso
  
 Agora o amor e a amizade
 perdura por tempos indefinidos
 no amanhecer da eternidade
 para uma felicidade ocasional.
 
 
 
 
Amor Desejado
 
  
 Amor
 é como uma chama
 que arde
 em nossos corações
  
 Cintila como uma estrela
 e quando é puro
 fica para a eternidade
  
 Os beijos sensuais
 fazem estremecer
 nossa alma
 como uma campainha no céu
  
 Teus seios
 endoidecem meu corpo
 num desejo infernal
 de te possuir como um leão
  
 Quando vens
 a casa ilumina-se
 de alegria
 enquanto eu sorrio
  
 São momentos de prazer
 que vibram em mim
 Nossos corpos se unem
 e o amor acontece.
 
 
 
 
Amizade
 
  
 Sinto-me desolado
 numa rua deserta
 sem carinho
 numa solidão imensa
  
 Meus passos
 com o peso da amargura
 parecem pedras
 na calçada
  
 Desiludido me sinto
 mas ouço ao longe
 a Flauta Mágica
 do Mozart
  
 De repente as estrelas
 parecem fogo de artifício
 a acompanhar aquela magia
 e senti uma nuvem a rodear-me
  
 Mas... não sei porquê
 uma porta se abriu
 e alguém me chamou
 com o sorriso talvez de Deus
  
 Eu entrei
 e chamaram-me amigo
 e então as luzes se acenderam
 com o milagre da amizade
  
 Com o canto da Flauta Mágica
 com o sorriso daquele homem
 que me chamou amigo
 surgiram as lágrimas da felicidade.
 
 
 
 
 
O Amor Eterno
 
  
 As nuvens deslizam
 por entre os arbustos
 na suavidade perdida
 de terras esquecidas
  
 Um pombo desesperado
 com seu encanto
 da magia púrpura
 sente-as passar
  
 Procura a sua amada
 a pomba branca
 com paradeiro desconhecido
 quantas vezes a paixão sentida
  
 O amor tocara forte
 em seu coração destroçado
 por aquela ausência desconhecida
 suas asas dançavam em vão
  
 Passou por montes e vales
 e nada encontrara
 Procurou a águia
 e nada soube de qualquer sombra
  
 Na dúvida atravessou campos
 recheados de caçadores
 de repente viu a pomba
 sua amada para a eternidade
  
 Mas o azar foi muito
 e foi atingido por um tiro
 certeiro e mortal
 As lágrimas e o sangue misturavam-se
  
 A pomba desesperada
 atirou-se ao caçador
 que ficou cego
 mas ela também morreu
  
 Os anos passaram-se
 e naquele lugar
 duas flores surgiram
 que ninguém as apanhou
  
 Com o passar do vento
 entoavam cânticos de amor
 e se abraçavam com muita ternura
 como sobreviventes de um amor infinito. 
abertura do amor
 
 
 o amor abre-se em pétalas
 de orquídeas com rouxinóis
 no seu canto imorredouro
 através do jardim
 que sente teus passos
 na sofreguidão dos tempos
 
 ruelas estreitas com pegadas
 de namorados no silêncio
 no esvoaçar de abelhas
 em demanda do néctar
 por primaveras deliciosas
 de lábios sensuais sequiosos.
 
 
 
 
 
 
O Beijo 
 

O congresso do beijo
começou intrépido
por ruas de lábios
flamejantes indolores 

A pureza estagnava
na vergonha silenciosa
de seres sequiosos
no silêncio da calçada 

A força do prazer
esvaía-se incolor
na travessa da cidade
pelo longo horizonte 

O falatório brilhava
de palavra em palavra
de conselho intrépido
no volante da vida.
 
 
 
A Eugénio de Andrade
 
Na floresta da vida
o milagre renova-se
na solidão a maravilha
ressurge
 
 As plantas
 entoam seu canto
 que o homem não percebe
 enleado nas teias da vida
 
 Num cantinho
 de meu jardim
 perante a indiferença
 dos homens tranquilos
 
 
 Com o vento calmo
 as avezitas entoam
 seus trinados
 alegres e felizes
 
 Então
 meu Deus
 uma plantinha solitária
 indiferente ao mundo
 
 Na paz das almas
 algo acontece
 na maravilha da natureza
 uma simples rosa nasce.
 
 
 
 
 
 
Ao Luar
 
No sabor do luar
deslizam nuvens
na brancura eterna
rasgando vales
 
Através da bruma
oscilam a ternura
e o amor dissecado
por dois seres esquecidos
 
Na planície solarenga
vibra a amizade
no esquecimento
dos tempos vertiginosos
 
 
 
 
 
 
 
O Oceano da Vida
 
O oceano é a grandeza
de uma nuvem caída do céu
através de lágrimas derramadas
pelos nossos corações
 
É a esperança
que um dia o amor
seja eterno
e envolva dois namorados
 
São vagas de calor
por esses mares fora
no sal das intempéries
cobertas de flores
 
O oceano é a aceitação
no final dos rios
que desabam selvaticamente
depois de muito desespero
 
 o carinho de uma criança
na ingenuidade da sua infância
coberta de sonhos
na perenidade dos tempos.
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu
 
Eu sou a poesia
na quietude da noite
por campos sedentos
amados pelos homens
 
Eu sou a neve
Que desliza por montes e vales
de grandes altitudes
na masmorra do silêncio
 
São amarguras
Memórias do passado
quando o rio desliza
em direcção ao mar
 
Eu sou a estrada
em devaneios infantis
cobertos da ingenuidade
no sentido correcto
 
Enfim serei eu
para o caminho
incerto na continuidade
de uma ruela esburacada?
 

 

 

"CONFRADES DA POESIA"

www.confradesdapoesia.pt