"BIOGRAFIA" |
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"Maria Vitória Afonso" |
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«Poesia é uma dádiva de Deus» |
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Maria Vitória Eduardo Afonso nasceu em Colos, concelho de Odemira, em 1941. Estudou em Beja onde fez o Curso Geral dos Liceus e depois, ingressou na Escola do Magistério da mesma cidade onde terminou o curso. Exerceu o ensino no distrito de Beja durante 6 anos, tendo depois transitado para o distrito de Setúbal onde desempenhou a sua profissão no concelho do Seixal, cerca de 28 anos. Fez o bacharelato em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Logo após o 25 de Abril foi nomeada delegada sindical pelo dito concelho. Actualmente aposentada dedicou-se mais à poesia e entrou na IX Antologia do Círculo Nacional de Arte e Poesia e tem alguns poemas publicados em alguns sites e colabora na Poetrix do Brasil. Faz parte da Associação Portuguesa de Poetas, tendo uma página na Internet como participante deste site; ligada ao Recanto das Letras; Membro do Mensageiro da Poesia-Associação Cultural Poética em Amora e “Confrades da Poesia”. Pensa continuar a escrever crónicas com temáticas alentejanas nomeadamente religiosidade, tradições, cante alentejano, etc. Colaborou durante dois anos no Jornal “Tribuna do Povo” do concelho do Seixal e actualmente tem colaborado no “Diário do Sul” com a coluna “Sudoeste Alentejano”. | |
BIBLIOGRAFIA: 2008 publicou o livro “Contos e Vivências do Sudoeste Alentejano” - Edições Colibri |
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E-mail: mveafonso@gmail.com | |
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Os Confrades da Poesia Origem: Tertúlia Poética De seu nome Mensageiro Com rima e boa métrica Lançam site pioneiro Parabéns nossos confrades Mais cultos, só medievais frades E é com muita euforia Que mostram em poesia Mente viva e punho destro E eu admiro seu estro E leio com emoção O que lhes dita o coração Com estas sextilhas do povo Meus confrades aqui louvo Releio com alegria O que escrevem ternamente Com grande sabedoria E ilumina a nossa mente Tu confrade, parabéns Versejando dás o que tens E que é do nosso agrado E só me resta dizer Desta fonte vim beber A todos, meu obrigado |
Pôr do Sol
Belo! Se define o dia finito.
Olho os tons do pôr-do-sol e
pasmo
Os matizes dourados até ao
infinito
Evocam o êxtase dum orgasmo
Mãe Natureza tens de bem bonito
Toque de sonho que tira do
marasmo
Pôr-do-sol, romântico a rondar
o mito
Predispõe para muito entusiasmo
Sobre o mar o avermelhado
espalha
Os tons carmins qual excitante
poalha
Me inebria de fervor e
sentimento
Inquietação de momento
tresmalha
A insegura paz entra na calha
Tranquila ouso, aí, fruir o
momento
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“RIO MIRA VAI CHEIO E O BARCO NÃO ANDA” O rio azul! Na praia ribeirinha junto à barbacã, coberta de hera. Sempre igual a si próprio. Como há anos, quando a povoação ainda não era mediática. Testemunho de sonhos de muitas meninas que vinham de fora. Meninas sonhadoras! Ricas ou muito pobres! Sim porque às meninas pobres não é proibido sonhar. Hoje as meninas de certa colónia balnear já não vogam sobre ti para a outra margem na mítica barquinha. E aquela adolescente que sonhara na praia do rio, com alguém que lhe escrevia cartas românticas no café frente a uma baía de uma certa cidade africana! Que é feito das meninas da colónia balnear que sonhavam sonhos? Sua juventude foi tragada pelos sonhos irrealizáveis na voragem do tempo!... Quanto à adolescente e o seu Romeu, esse amor sonhado por ambos à beira mar, à distância de milhares e milhares de quilómetros foi sempre um amor impossível tornado irrealizável pelos Capuletos e Montéquios alentejanos que felizmente hoje estão em vias de extinção. Entretanto “shakespeares” vão fazendo jus à alma poética alentejana. Impassível, pitoresco e belo, ficou o rio cada vez mais mediático. Desafiando a voragem dos tempos. | |
Entrevista à Confrade Maria Vitória Afonso – Junho 2009
Os
Confrades da Poesia - Como te chamas e onde nasceste? VA – Maria Vitória Eduardo Afonso e nasci em Colos concelho de Odemira CP - Há quanto tempo compões poesia? VA – Escrevi o meu 1º soneto aos 17 anos que publiquei no jornal do liceu. CP Consideras-te poetisa? VA – Confesso humildemente que sim .Porventura uma das minhas megalomanias. CP - Que representa para ti a poesia? VA – Representa uma necessidade imperiosa como a de respirar; é a minha maneira privilegiada de efectivar sonhos. CP - Concordas com a afirmação: “O poeta é um fingidor?” VA – Em certo sentido sim. A nível psicanalítico o poeta é um fingidor involuntariamente, pois isso actua apenas a nível de subconsciente. CP - Muitos dizem que os poetas são loucos e que anseiam mudar o mundo... VA – Uma certa dose de loucura é salutar e mudar o mundo a nível de mentalidades é possível, a leitura de poesia ajuda as pessoas a crescer. CP - Há momentos próprios para escrever, ou escreves a qualquer momento? VA – Escrevo a qualquer momento, mas melhor quando estou emocionada. CP - A poesia revela em ti uma cultura ou um dom artístico? VA - Um poucochinho de dom artístico e um grande investimento na cultura. CP - De que poetas recebes-te influências? VA – De Florbela, Régio, Fernando Pessoa e seus heterónimos, Rosália de Castro, Ranier Maria Rilque. CP - Quais são os teus poetas favoritos? VA – Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Cesariny, Sofia de Melo Breyner, Pessoa e muitos outros. CP - A poesia é um bem universal? VA – Sim porque a poesia é arte e como tal embeleza e beneficia a Humanidade. CP - Tens livros publicados? VA – Sim.”.Contos e Vivências do Sudoeste Alentejano “da editora Colibri. CP - Qual foi o último livro que leste? VA – Li ”A Filha do Cerrado” o último romance da escritora brasileira Maria Da Luz Alves minha amiga pessoal. CP - Sabemos que tens participado em tertúlias e eventos poéticos em representação da nossa Associação. Achas isso útil? VA - Por 2 motivos: valoriza-me como pessoa e leva à divulgação de uma associação poética com prestígio CP - O Mensageiro da Poesia tem mais de 10 anos de existência, mas a Associação não tem um espaço físico... que dizes sobre isso? VA – Digo que é urgente e necessário que os autarcas deste concelho se disponibilizem a conceder o referido espaço. CP - Que opinião tens sobre as Antologias lançadas pela Associação? VA – Só conheço a última mas achei-a com um certo nível. CP - És a favor ou contra os concursos poéticos? VA – Se forem feitos com seriedade sou a favor. E sei do que falo. Infelizmente há poetas (não desta associação) que perante suas fraquezas cometem injustiças. CP - Achas que a poesia está bem divulgada em Portugal? VA – Acho que não se tem motivado os portugueses para a poesia e a .prova é que os livros de poesia não se vendem. CP - Tens mais algum hobby além da Poesia? VA – Sim, plantar arbustos medicinais no meu quintal; Erva formiga, Erva S. Roberto, Bálsamo de Cristo, Tomilho etc. CP - És contra ou a favor do novo acordo ortográfico? VA – Sou contra. Por este descaracterizar a ortografia portuguesa implantando a brasileira o que considero uma incoerência pois a língua mãe é a portuguesa. CP - Valorizas a amizade? VA – Privilegio este sentimento pois é menos exigente que o amor. CP - O que fazias se um amigo te traísse? VA – Fazia-lhe um soneto denominado “Epitáfio para uma certa amizade.” CP - O que mais aprecias numa pessoa? VA – A sinceridade CP - Como defines o amor? VA – O amor é um poema com uma única estrofe: um dístico”Tu és! Me rendo a teus pés.! CP - Acreditas na existência de Deus? VA – Plenamente. Eu estive à porta do Céu. Deus me indicou do caminho o retrocesso. (soneto dedicado a F.R.C.) CP - O que levavas contigo para uma ilha deserta? VA – O indelével Amadeu, o gato Riscas e o livro de Álvaro Campos. CP - O que representa para ti “Os Confrades da Poesia”? VA – Representa: -Amizade, convívio, cultura. CP - Consideras útil este tipo de comunicação? VA – Muito útil pois, desenvolve a nossa sensibilidade. CP - Achas que o Boletim está bem conceituado? VA – Sim porque está bem elaborado. CP - Para finalizar, queres acrescentar mais alguma coisa? VA - Sim. Muito obrigada por me darem oportunidade de falar sobre poesia. |
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"CONFRADES DA POESIA" |
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