"BIOGRAFIA"

"Maria Inês Simões"

 
Maria Inês Simões - Nasceu em Bauru/SP em 13 de Fevereiro de 1958. Filha de André Corrêa da Silva e Iolanda Simões Silva. Curso Superior em Letras-Português pela USC - Bauru/SP. Membro Fundador Efetivo AVBL - Academia Virtual Brasileira de Letras Idealizadora e Fundadora - Cadeira: 001.
Desde pequena acalentou grande paixão por escritas em geral escrevendo contos, crônicas e poesias. Por volta de 1990 teve seu primeiro contacto com um computador, desenvolvendo habilidades na área de informática. Inspirada pela Internet construiu o poema "C@lice Cibernético" conquistando em 1998 o 1º Lugar no Concurso Municipal de Bauru e Região - Patrocinado pelos Correios (ECT). Em 2000 - foi recebida pela Academia Bauruense de Letras como Membro Efectivo - Cadeira 24 - Patrono Hélio de Aguiar. Passando em 2003 a categoria de Membro Agregado. Em 2007 - Passou a ser Membro Efectivo do Clirc - Centro Literário Rio Claro. E Membro da Associação Cultural Poética de Amora/Portugal. Em 2008 - Recebeu Diploma de Membro Correspondente da Academia Maceioense de Letras e Diploma da Comenda Escritor Cipriano Jucá e respectiva medalha.
Membro de “Confrades da Poesia” em Amora/Portugal.
Edita seus próprios contos e poemas na Internet e pela  AVBL, onde actua como editora, web:master e designer.

Projectos Literários:
- 2001 - fundou: AVBL - Academia Virtual Brasileira de Letras - Membro Efetivo e Fundadora nº 001. Patrono: Hélio de Aguiar e Patrona: Celina Alves Neves (www.avbl.com.br);
- 2002 - fundou: EBOOKNET - Bibliotecas Virtuais (www.ebooks.avbl.com.br);
- 2003 - fundou o Movimento Literário: VIRTUALISMO - Escola de Autores, Escritores e Poetas Virtuais. (www.virtualismo.avbl.com.br);
- 2004 - passou a ser editora da AVBL - Academia Virtual Brasileira de Letras (www.editora.avbl.com.br).

Publicações:
- 1999 - Antologia Poética - "Vinte Poetas Bauruenses" participou como poeta e idealizadora ao lado de Wagner Fernandes (Projecto Bauru Poetas);
- 2000 - Antologia Literária - "Ano 2000 - Sociedade de Poetas Virtuais". Participou como poeta e idealizadora (Projeto Ipoesia e Bauru Poetas);
- 2003 - Antologia Literária 2 - Academia Bauruense de Letras - (Membros Agregados);
- 2004 - 1ª Antologia Poética - AVBL - Edição Histórica, idealizadora do projecto onde reuniu 118 autores de 16 países (no Brasil 45 cidades em 16 estados);
- 2005 - 1ª Antologia Poética - "O Futuro Feito presente" Grupo Ecos da Poesia;
- 2005 - Antologia Literária - Virtualismo Escola de Autores, escritores e Poetas Virtuais - Do Virtual para o Real - Idealizadora do projeto onde reuniu 62 autores;
- 2006 - Antologia Literária 3 - Academia Bauruense de Letras - (Membros Agregados);
- 2006 - 2ª Antologia Poética-Literária AVBL - Edição Histórica;
- 2007 - "O Futuro é Agora" Antologia IX - CLIRC - Centro Literário Rio Claro;
- 2007 - "Antologia Poética VI - Mensageiros da Poesia - Associação Cultural Poética de Amora - Portugal;
- 2007 - "Nosso Cantinho" Antologia X - CLIRC - Centro Literário Rio Claro;
- 2008 - 3ª Antologia Poética-Literária AVBL - Edição Histórica;
- 2008 - "Nosso Cantinho" Antologia XI - CLIRC - Centro Literário Rio Claro;
- 2008 - 4ª Antologia Poética-Literária AVBL - Edição Histórica. "Do Virtual para o Real" - Virtualismo Escola de Autores, Escritores e Poetas Virtuais;
- 2009 - "Jóias Raras" Antologia XII - CLIRC - Centro Literário Rio Claro.
 
Sites: www.editora.avbl.com.br

 
Fi(z)s.i(s)ca - Quão.Tica - Sou
 
  
Me lembro do passado, mas não me lembro do futuro. Não posso mudar o ontem, o que fiz. Mas posso mudar aquilo que farei daqui a pouco. Estranha sensação de não se poder mudar o que me lembro, o que fiz. Mas poder mudar o que não me lembro. O que vou fazer. Estranha sensação de me sentir a maior criação do universo, e saber do insignificante tamanho de meu ser no universo. Estranha sensação. De querer ser única e tão-somente eu, sabendo que faço parte de um todo, e até mesmo do Criador. Ele existe em algum lugar e somos ligados pela existência de SER. Somos o Uni.Verso. Então... Para que fazer perguntas... Se EU sei as respostas...
 
Maria Inês Simões
 
 
 
 
Então... É só com o vizinho do lado
(Maria Inês Simões)
 
Cortaram a energia eléctrica, fornecimento de água... O esgoto fica no vaso. Mas para que o descaso? É só com do vizinho o atraso.
O cachorro late dia e noite. Deve ser fome, coitado... Mas o que é que tem??? É só com o vizinho... Amém!!!
A criança corre de medo... E não faz nenhum segredo... Quando come... Se almoça não janta... No frio se veste de folhas... Pegadas nas ruas... Frutas só em jornais... Aponta... “Olha o brinquedo!!!"... Não liga... É só com o vizinho o enredo.
A solidão é sentida... Na lamparina da madrugada... Na voz que sussurra... “Amiga... Isso passa... Não é nada!!!”. É só do vizinho a jornada.
Ele foi abatido... Falta emprego... Falta saúde... Falta dinheiro... Falta comida... E quem se importa com animal adestrado??? A ser indiferente, em seu próprio guisado... Mas... Então... É só com o vizinho do lado.
 
 
 
 
Moralidade... No final tudo dá certo?...
(Maria Inês Simões)
 
 
Na época dos reis, rainhas, moral, histórias e afins...
 
“Certo dia um rei passeando no jardim, ao lado de sua rainha, observou através de seu vestido transparente e esvoaçante, uma marca acima da mama... A marca lembrava um ato extraconjugal (uma chupada não real). O rei aparentemente constrangido reuniu seus conselheiros, na tentativa de obter ajuda e descobrir quem seria o secreto amante de sua soberana.
 
Após ouvir seus guias, aprovou a idéia de aproximar uma de suas conselheiras, para que esta se tornasse amiga íntima da rainha, e após ouvir as confissões da traidora, a escolhida a dedo contaria ao rei a história real da marca, acima da mama da sua primeira dama...
 
E assim chegamos ao quase final desta narrativa, rápida e esclarecedora.
 
A criada escolhida a dedo tornou-se amiga inseparável da esposa do rei. E descobriu, entre risos e confidências, que a chupada tinha sido executada em instantes frenéticos em busca de um orgasmo certeiro e traiçoeiro, entre rainha x mosqueteiro.
 
Porém, o inevitável havia acontecido... Em uma das partes, a amizade verdadeira se concretizou, e, só o fato de imaginar que a rainha poderia ser executada, a serva se arrepiava...
 
Chegando à hora de revelar o segredo, a criada escolhida a dedo já tinha tomado uma decisão, e relatou ao rei a sua versão sobre a origem da marca...
 
- Aconteceu assim meu rei: estava a rainha passeando pelo jardim dos bichos e alimentando os tucanos reais, de repente uma das aves atacou a realeza, bicando acima do peito real. Deixando a tal nódoa...   E, causando esta confusão e contusão além do normal.
 
O rei chamou a rainha, a qual relatou o outro lado da informação que até então...
 
- Meu rei... Fiz exactamente como me ordenou... Contei a conselheira os fatos que o senhor criou... Sobre a traição, o mosqueteiro... Enfim... Se ela resolveu ter pena de mim. Agora então é outra história que também merece ter um fim.
 
E o rei decretou:
 
- Na ciência de fatos passados, ninguém, a não ser o rei pode criar o que existe e o que não existe por todos os lados. Quanto a conselheira, serva, criada infiel... Mentirosa, traiçoeira que seja enforcada, sem mais histórias... Sem direito e sem nada”.
 
 

 

Como Pérolas e Ralos
(Maria Inês Simões)
 
O dia cinzento anunciava o lenga-lenga do tempo. As nuvens escuras venciam a timidez do sol, o qual de vez em quando raiava em um brilho amarelado e sem graça. Prevaleciam as cores cinza e amarelo, dando ao céu um tom perolado. Como nunca havia visto igual. Em espaços de horas, a água rápida e impetuosa descia de súbito, acompanhada de relâmpagos e trovoadas, avisando que assim permaneceria por uma série ininterrupta de instantes eternos.
 
Enquanto a água descia, olhava pela janela, tentando imaginar como seria se o sol estivesse vencendo naquela luta diária pelo tempo. Crianças estariam na calçada brincando... Pessoas sadias estariam ocupando seus lugares no trabalho. Ao invés de lotarem hospitais levados por "influenzias mils". Culpa de suínos? Quem sabe, não daqueles próprios da família dos suídeos, mas sim daqueles que na escala evolutiva permanecem ronronando em seus chiqueiros e lamaçais de ganâncias ambientais.
 
O aguaceiro continuava descendo do céu... No canto do muro, como que, encurralado por algum construtor de moradas. Jazia inerte um ralo branco e encardido. Ao seu redor formava uma pequena circunferência daquele líquido insípido e transparente. Pensava... Do céu caem pequeninas gotas cristalinas como pérolas raras... Algumas têm sorte de caírem em plantações, jardins e rostos. Outras simplesmente caem por terra... Enquanto a maioria escorre pelos ralos e acaba em esgotos misturando-se a detritos... E pensar que eram como pérolas...
 
 
Na calada dos dias...

 

A criança chora em demasia.
 
O Sol quente derrete a pele, ao meio dia.
O andarilho, tem fome... De fantasia.
Os casais se perdem na "diplomacia".
Têm beijos e abraços negados... Nesta euforia.
 
E na esquina da rodovia?
 
Existe um cachorro implorando por companhia.
Uma idosa brigando com o tempo, em agonia.
Um jovem caído da moto, que ironia.
O vendedor de balas... Drogado em alegria.
 
E a criança de novo... Chorando... É só uma cria.
 
Nas janelas sem vidraças há fobia.
Nas casas sem telhados há covardia.
No corredor desta vida não tem enfermaria.
E quem não sonha ganhar na loteria?
 
Criança... Criança... Que gritaria!!!
Mas, cadê a dona Poesia?
 
 
(Maria Inês Simões)
 
Quando a noite chega... 
 
 
Sinto... No horizonte,
pessoas que trazem
o cansaço, da vida.
Do dia...
Hoje, o céu desfez brilhos
de tempos passados.
Não há estrelas.
Resta um
sobre-céu
engolindo planetas
refletidos em sóis.
A sós...
Em esperança de ver,
a claridade de outrora.
Aquela que não virá,
a não ser em labaredas,
de uma fogueira qualquer.
Ou pelas frestas das paredes,
de madeiras, que fazem
pequenas fadas flutuarem
no ar iluminado.
Parado...
Enquanto,
não recebe o jato
de uma respiração.
Que tento segurar...
Em vão.
 
(Maria Inês Simões)
 

"CONFRADES DA POESIA"

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