"BIOGRAFIA" |
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"Luiz Poeta" |
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Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros – Membro dos Confrades da Poesia, é Presidente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes, Conselheiro da Associação Intenacional de Escritores e Artistas, Literarte, Embaixador do Cercle Universel des Embassadeurs de la Paix, Cônsul dos Poetas del Mundo, Membre d´honneur de la Divine Académie Française des Art Lettres de Culture, do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais; é escritor, poeta, músico, compositor e artista plástico, sendo também acadêmico honorário, Benemérito e ou Correspondente de diversas entidades como, ALAB, ALACIB, ALAF, ALAV, ALITA, ARTPOP, ASCEM, FEBLACA, SBPA, UBE, UBT, Membro de "Confrades da Poesia" - Amora / Portugal e do Clube de Poetas, Diretor de Redação da Revista Luso-Braileira Eisfluências e escritor da revista Fénix e do Portal CEN, pontes lusófonas entre Brasil e Portugal. e afins, além de Verbete do Dicionário de MPB Antônio Houais, tendo publicado maiS 65 obras lítero-musicais entre livros CDs, DVDs e antologias nacionais e internacionais em línguas francesa, inglesa, espanhola e portuguesa. | |
BIBLIOGRAFIA: | |
“NA PELE DA POESIA”, | |
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Amante é quem ama
Somos amantes sem sê-lo, Mesmo epidermicamente, Somos mesmo sem sabê-lo, Somos amantes na mente. Se um corpo alheio, ao vê-lo, Sentimos um calor fremente E, num átimo, por tê-lo, Ansiamos de repente... Mesmo estando tão presente A pessoa que nos ama, Mesmo estando até na cama Em carícias envolventes... Traímos o que nos sente, Sem todavia traí-lo, Sentimos o amante ausente, Sem entretanto senti-lo. E não depende da gente Lembrar alguém no momento Do amor mais forte e envolvente, Repleto de sentimento. Traímos no pensamento, Sem toques e sem contatos, Portanto, se não há ato, Não traímos, tão-somente. Se em pensamentos traímos... Traímos! ...mas quem reclama ? Porque, quando nos unimos, Amante é aquele que ama. A dor da tua ausência Se a tua ausência pode ser sentida Como uma dor que apenas incomoda E se em teu ser só fica uma ferida No exato instante em que alguém te poda... É interessante que tu compreendas Que a outra ausência também é doída E se tu queres que alguém te entenda, Faz tua dor sutil ser percebida. Não te maltrates – assim é a vida: Fica o perfume onde morre a flor; A dor da ausência é menos dolorida Quando ela nasce da falta de amor. E o teu amor é uma flor tão doce Que não merece assim ser destruída... Guarda em teu ser o amor que alguém te trouxe, Porque ele faz parte da tua vida. Máscara Subtil Eu não gosto de afirmar o que eu não saiba; e se souber... qual a verdade verdadeira ? Não reconhece o odor o que não cheira; nunca se encaixa tudo aquilo que não caiba. O que é real contesta toda fantasia; a hipocrisia é uma máscara sutil que mostra cores ao cego que nunca viu a verdadeira cor da farsa e da ironia. Pego carona no barco da poesia. Prefiro ver a dimensão sutil do mar; Não uso máscara, destilo a alegria, Que salta livre através do meu olhar. Palpitações Teu coração te palpita Porque tem aprisionado Um velho amor que te grita De um tempo do teu passado. Teu coração maltratado Por teus sutis devaneios, Grita sem ser escutado Por quem não tem teus anseios. E essa aflição repentina... Que importa de onde ela veio ? O importante, menina, É que ela pulsa em teu seio. Adaga Parece que alguém me olha pela fresta... - Quem será ? – pergunta a solidão - dentro do meu peito - Um passarinho, um vegetal ou um inseto ? O bosque, o vento, a vida... tudo está quieto... Meu coração me cobra, insatisfeito. Alguém está falando a meu respeito... - Quem será ? Um monge, um anjo ou um duende ? Pergunta meu silêncio angustiado. Na foto, o meu olhar me olha de lado... - Será que o meu olhar não mais me entende ? Alguém está pensando muito alto - estou ouvindo o som que se propaga - e a emoção contida nesse ato reflete a solidão fria de um rato que hesita ante a frieza de uma adaga. Em Todo Ser Violento Eu não faço poesia como quem trabalha; Meu silêncio requer emoção e sentimento. Se quero falar de amor e a língua falha, Falo com meu olhos ou me movimento. Meu verso brota como a chuva numa calha, Como uma bolha sutil ao sabor do vento; Sempre cicatrizo a dor que me retalha; A inevitável calma mora em todo ser violento. |
BRUMAS
Em que abismo Teus anseios Se perderam, Em que treva Se desfez O teu olhar, Em que nuvem Teus sorrisos Se esconderam, Em que mares Conseguiste Naufragar ? Em que parque Tu brincaste De criança, Em que berço Despertaste As emoções, Em que baile Te fizeste Em contradança, Em que dúvidas Teceste as ilusões ? Em que noite Teus receios Se ocultaram, Em que porto Tu ficaste A me esperar, Em que lenço Tuas lágrimas Secaram , Em que bruma Tu julgaste Me enxergar ? Em que sombras Ocultaste O teu vulto, Em que lágrima Choraste A tua dor, Em que luta Te fizeste Mais insulto, Em que inverno Esqueceste O teu calor ? Em que página Deixaste Teu soneto, Em que verso Revelaste O teu amor, A que júri Reclamaste Teu direito, Em que tela Desenhaste Tua flor ? Em que abraço Te fizeste Prisioneira, Em que beijo Arrebataste Mais paixão, Em que vida Tu passaste A vida inteira Prisioneira Da mais vã desilusão ? Em que leito Tu sonhaste Acordada, Em que música Lembraste De nós dois, De que estrela Tu ficaste Enamorada, Quantos barcos Divisaste No depois ? Em que espelho Os meus olhos Te fugiram, Em que brisa Teus cabelos Se espalharam, Em que eco As palavras te mentiram, Em que luta Tuas forças Te faltaram ? De que gesso Modelaste Minha imagem, Em que praça Te fizeste Monumento, De que forma Emitiste Esta mensagem Que só hoje Vem me ter ao pensamento? Em que ponto Nossos rumos Se cruzaram, Em que valsa Nos pusemos A dançar, Em que instante Nossos lábios Se tocaram, Em que leito começamos... A sonhar ? Botão de rosa Aos meus pés cai uma flor Trazida pelo vento, Dizendo talvez que o amor É sutil ou violento. Eu não a deixo ao relento; É uma rosa... e quase fala ! Mas firo seus sentimentos Se ela se despetala. Pego-a delicadamente, Mas me firo em seu espinho Eu nem sei se ela sente Esta forma de carinho. Com minhas mãos perfumadas, Seguro esta rosa-botão Que mesmo depois de arrancada, Se abre no meu coração. |
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"CONFRADES DA POESIA" |
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