"BIOGRAFIA" |
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"Luís Fernandes" |
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BIBLIOGRAFIA: | |
“Emigrante na Suíça” (1992); “Amor pela Poesia” (2008) : Ebook-Digital; Brevemente " As memórias da Vida de um Poeta" | |
Site: | |
E-mail: mensageiropoesia@gmail.com | |
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O Pescador
Por ser obra do destino
Começa desde menino,
A labutar na faina do mar.
No olhar traz descoberto,
Quanto despeito sente tão perto,
O pescador que tanto ama…
Tudo o que ascende na alma.
Apenas o seu ser de amor
Aclama suaves os brilhos,
No mundo que imunda a calma
Dia após dia pensa na família.
Nessa vida cheia de sarilhos,
Bebe manhãs de nevoeiro
Sobre esse mar traiçoeiro.
Penetra em si no interior,
O calor do sangue nas veias,
Entre o luar e a sombra
Caminha com mil ideias
O destemido e nobre pescador
Parte sempre em viagem,
Com o rosto fixo na paisagem.
Flutua na vida que tanto ama…
Com a luz do sol no esplendor,
Enaltece o dote do seu ser,
Na imensidão do Oceano.
Afogam-se as lágrimas de dor,
Que inundam o coração e a calma,
Na transparência do ser que não é…
A inteligência das leis do poder.
Luís Fernandes
É Preciso Cultivar
Amizade união e paz,
São palavras maravilhosas
Que o homem não é capaz,
De utilizar nas coisas.
Coisas que prendem a vida,
Que nos une e nos consola
Não têm preço nem medida,
Nem precisa pedir esmola.
Porque a vida de cada dia
Se faz com união e paz,
Música, ternura e poesia,
Na verdade, tudo isso se faz.
Com amor de quem nos ama,
Deus sabe e justifica,
O que sentimos na alma
No amor não se explica.
Precisamos cultivar em paz
Para que possamos alcançar:
Em qualquer lugar, onde se faz
O que se precisa é valorizar.
Luís F. N. Fernandes
A Um Bom Amigo
Deus alumia no dia-a-dia. Tudo o que se faz por amizade Isso eu sei que é verdade; Que trago no rosto a poesia Que muitos rostos gostariam! De ver o Sol como acarinha... O rosto do Pinhal que adivinha; Sorrir aos anjos que quiseram Falar comigo sobre a vida, Que identifica o que não foi visto E também o que não foi dito... É alcance de mão dada. O milagre do seu carinho É um privilégio Divino, Sentir a dádiva do Senhor Nos versos de amizade e amor Que passam como oiro fino Ao som de um violino. Luís Fernandes O Nosso Poema Querida sinto que te amo Aquilo que falo e chamo, Ser de raiz profunda Onde o sorriso não muda. Os nossos gestos palpitantes Que a gente, sempre sente! Quer de dia, quer de noite Nas límpidas aguas das fontes, A nossa felicidade não muda. Se lançar-mos raiz profunda Onde a terra é mais linda, Em cada minuto da vida. Se cria no pensamento O que se tem de direito Por longe ou por perto, Na bênção do amor existe! Um tesouro sem explicação… Eis o nosso poema No meu e no teu coração. |
No Meu Olhar
No meu olhar tristonho Vi na lembrança do sonho Que eu sempre quis pôr O meu desejo bem maior; No luzir dos meus olhos Com ramos de flores aos molhos... Eu encontro no verbo amar O diálogo que eu sei conjugar, Eu somente vi em meus sonhos Vi no alento dos teus braços; Que o meu rosto tinha traços Num raio de luz que não alcanço!? A esperança que ainda falta... Junto de ti como um poeta, Ainda me restam as mãos... Que tentam um diálogo mudo, Onde tu compreendes tudo! Tudo terá o seu tempo. Onde eu pretendo chegar Jamais deixarei de lutar Simplesmente vou devagar Esquecendo no sonho a mágoa Que vivo disfarçando dia-a-dia O diálogo que eu sei conjugar. Luís Fernandes - Amora
A Verdade dos Factos Sempre, que recebo e leio Notícias da minha terra, Mesmo em terra alheia, Poderei dizer que sinto: Saudades, prazer e desgosto Da região – que então lhe chamam – Formosa, cheia de pena! Como é obvio as notícias, Trazem consigo: imagens de acesso, Descobrindo imagens, que se afastam… Das dolorosas verdades, Que formam os factos: Da vida, nítida e densa. Á luz da lua e do sol, Se pronunciam com emoção: Suspiros lágrimas e amores. Incultas produções, sobretudo, Dos idosos e da juventude, Notai os males e valores!... Que encanta e enleia os louvores: Do doce atractivo da cultura. Na região – que então lhe chamam – Formosa cheia de pena! Gostaria de ver um dia… Eu gostaria de ver um dia: A chama viva, cobrindo O lado onde estou olhando. Tão sensível e tão bela. A grandeza da natureza. Queimam, sem compaixão, A eterna pureza da criação! Viva e sem culpa… Do meu humano olhar, procuro penetrar, Para afastar o que menos queria, Neste mundo do bem e do mal: Onde surge a maldição! Gostaria de ver, sem ser Manipulado na opinião: Que o homem oculta, Jura e mente… Porque ele se sente importante, Para enganar novamente, O lado onde estou olhando. Neste mundo do pecado, Gostaria de ver um dia: A lei da justiça errada, Afastar e penetrar, sem dinheiro, O que existe de mal, no mundo inteiro!...
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Entrevista ao Confrade Luís Fernandes – Maio 2009
Confrades da Poesia
- Qual é a tua identidade? LF – Sou natural da pitoresca Vila de Armação de Pêra, com residência na cidade de Amora desde 1974 CP - Há quanto tempo compões Poesia? Só depois de ter vivido alguns anos na Suíça é que senti realmente uma forte necessidade de expressar as minhas ideias e sentimentos através da escrita. Durante a minha juventude apreciava já a poesia, mas a minha inspiração adormecida ficou guardada em mim até ao momento certo. CP - Consideras-te Poeta? LF – Não um poeta erudito, mas persigo os meus ideais através da minha escrita poética. CP - O que representa para ti a Poesia? Para mim tem um grande significado porque já disse várias vezes, que ela é um bem universal. CP - Concordas com a afirmação: "O Poeta é um fingidor"? LF – Não! Normalmente o poeta escreve sempre o que lhe vai na alma. CP - Muitos dizem que os Poetas são loucos, por que anseiam mudar o mundo... LF – Os poetas não são loucos, mas têm uma visão da vida mais ampla e mais humana. CP - A Poesia revela em ti uma cultura ou um dom artístico? LF – Uma conjugação das duas coisas. CP - Quantos livros já publicaste e para quando o próximo? LF – Tenho dois publicados e outros para publicar, mas só quando tiver possibilidades financeiras e alguns apoios. CP - Quais são os teus Poetas favoritos? LF – O Bocage, do qual me orgulho em ser o nosso patrono… Fernando Pessoa; António Aleixo e outros populares, que ainda estão vivos e activos no Mensageiro da Poesia - Associação Cultural Poética em Amora. CP - Como defines a amizade: "No que te ínsita ou no que te critica"? LF – No que ínsita, mas também aceito algumas críticas construtivas, vindas de um amigo. CP - Qual destes dois critérios te parece o mais correcto: "Acreditar e não aceitar; ou aceitar sem acreditar"? LF – Como primeira análise ambos os critérios se completam, só depois virá o meu discernimento e o meu juízo de valor. CP - Os Poetas falam e escrevem muito sobre a humildade, mas não o demonstram na prática; a que se deve este comportamento? LF – Nem todos os poetas estão nesta corrente, contudo também existe alguma arrogância nesta classe. CP - Porque é que ao fim de 10 anos a Associação Cultural Poética não tem o seu espaço físico? LF – As autoridades competentes tem sido bastante solicitadas e nós vivemos das promessas. CP - Dizem alguns membros que isso se deve à inércia de certos elementos da Direcção... concordas? LF – Não concordo porque apesar do esforço colectivo nem sempre tem sido acolhidas as nossas solicitações. CP - O que é necessário fazer para que o Boletim do Mensageiro volte a ser publicado mensalmente? LF – Deve-se a vários factores; por exemplo: ao não cumprimento dos associados no pagamento das quotas, irrisórios apoios das autarquias do nosso Concelho, ao custo elevado do Boletim e às de mais despesas que a nossa associação tem que suportar. CP - Que objectivos propões alcançar em relação a futuras parcerias? LF – Um bom relacionamento e unir esforços para que haja um bom intercâmbio, como o que já temos com algumas Academias e Associações brasileiras. CP - O que representa para ti o Boletim "online" Os Confrades da Poesia? LF – Um bom órgão de comunicação e divulgação. Aqui deixo os meus parabéns aos seus fundadores; Pinhal Dias; São Tomé e ao grande jornalista Luís Vieira; que seja também extensivo a todos os colaboradores permanentes deste “Boletim Online”. CP - Achas que o lançamento deste Boletim foi uma mais-valia para o Mensageiro? LF – Agora sim, embora duvidasse em Agosto de 2008, mas o tempo foi o meu conselheiro, hoje faz-me acreditar cada vez mais na sua credibilidade. CP - Consideras útil este tipo de comunicação? LF – Sim! Os Confrades da Poesia sempre completam algumas faltas do Mensageiro da Poesia e segue uma linha muito selectiva, com base na sua coerência. CP - Queres acrescentar mais alguma coisa? LF – Queria que a poesia continuasse bem viva nos nossos corações, por isso é necessário que nos mobilizemos em torno daquilo que os poetas mais gostam de fazer que é “ESCREVER”. Como fundador desta Associação quero também dar uma palavra de apreço aos que mais têm contribuído para o sucesso do Mensageiro da Poesia. |
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"CONFRADES DA POESIA" |
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