"BIOGRAFIA"

"Isidoro Cavaco"

 

António Isidoro Viegas Cavaco, natural de Salir – Loulé, onde nasceu em 6 de Dezembro de 1935, reside há 49 anos em Faro. Usa o nome literário “Isidoro Cavaco”. Iniciou-se na poesia apenas em 1996, passando desde então a concorrer com assiduidade a jogos florais e outros concursos literários, em Portugal e no Brasil, tendo conquistado até Maio de 2009, 498 prémios literários, distribuídos por várias modalidades, tais como: Soneto, Quadra Popular, Poesia Lírica, Poesia Obrigada a Mote, Poesia Alegórica, etc.
Colabora em diversos Jornais, Rádios Locais e encontros de Poetas. Figura em inúmeras Colectâneas e Antologias Portuguesas. É sócio fundador da Academia de Escritores Antero Nobre e sócio da Associação Portuguesa de Poetas e do Mensageiro da Poesia.
Figura também em várias Colectâneas e Antologias no Brasil, onde é sócio fundador da Casa de Cultura Adolfo Macedo. Em 1999 recebeu o título de Poeta Trovador do Século XX, atribuído por “A Casa do Mestre” e os Jornais “Voz de Piabitá” e “A voz do Mestre”, da cidade de Magé, Rio de Janeiro. Também em 1999, no Concurso de Poesia Florbela Espanca, organizado pela Associação Niteroiense de Escritores, recebeu o prémio de Melhor Soneto.
Actualmente é membro de: "Confrades da Poesia" - Amora / Portugal.
 
BIBLIOGRAFIA
"Entre o Barrocal e a Serra”, “Sonho e Realidade”, “Tradicionais”, “Piadas”, “Pétalas Douradas” e “Reflexos da Vida”. Actualmente tem mais dois livros prontos a publicar: “Ao Sabor da Fantasia” e “Quando a minha Alma canta”.
 
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MENDIGO
 
Sem ter de Deus a luz, ou uma graça,
Um pobre numa esquina a mendigar,
Fica triste sozinho a ver quem passa,
Mendigando um carinho, ou um olhar…
 
Porque todos ignoram a desgraça,
Ninguém vê os seus olhos a chorar!...
É como folha morta que esvoaça,
Em noite sem estrelas nem luar.
 
Mas eis, que o seu olhar ganhou esp’rança,
Quando as suaves mãos de uma criança,
Afagaram a face do velhinho,
 
Que ajoelhou, dizendo em voz dorida:
-Foi a única vez, que em toda a vida,
Alguém me deu, um gesto de carinho!
 
 
Isidoro Cavaco - Loulé
 
 
 
 
INDIFERENÇA
 
 
Com indif’rença a vida vai passando...
E o Homem, na ambição de tudo ter,
Continua vivendo, mas sem ver
Que alma a muita gente vai pisando.
  
Que importa que outras vozes vá calando
E que muitos estejam a sofrer?
Que as crianças á fome vão morrer
Se o pão á sua mesa vai sobrando!...
 
 Na vida, por maldade ou por capricho,
Há sempre quem atire pão p’ro lixo,
Esquecendo quem pouco ou nada come.
 
Assim, se todo o pão fosse partido
Sempre em partes iguais bem dividido,
Não havia ninguém a passar fome!
 
 
Isidoro Cavaco - Loulé
SONHOS MORTOS
 
  
Os dias vão passando lentamente,
Tão lentos que parecem não ter fim;
E os sonhos a morrer dentro de mim
São chamas que me queimam docemente.
  
Essa amizade outrora tão ardente,
Hoje qual flor sem vida num jardim,
Lembra-me um ramo seco de alecrim
A arder na fogueira, calmamente...
  
Essa doce amizade que me deste
Não sei como esquece-la tu pudeste,
Tão cheia de ternura e de magia;
  
E o misto que ficou dessa amizade,
É sentimento que arde na saudade
E me queima na alma noite e dia!
 
 
Isidoro Cavaco - Loulé
 
 
 
 
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

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