"BIOGRAFIA"

"Deodato Paias"

 
 
Deodato António Paias, natural de Martinhanes, S. João dos Caldeireiros, Concelho de Mértola, nascido a 15 de Maio de 1943.
No decorrer da adolescência e juventude dedicou-se à vida do campo. Aprendeu a fazer todos os trabalhos relacionados com a agricultura hortícola e lavoura da época. Em Julho de 1964 é chamado para cumprimento do serviço militar obrigatório. Em 1965, é mobilizado para cumprir uma comissão em Angola. Regressou em 1967 e nesse mesmo ano concorreu à GNR. Foi aprovado e alistado em 05 de Janeiro de 1968. Finalizou o curso e foi o melhor do pelotão e o quarto da companhia.
Foi condecorado com as seguintes condecorações:
Ao longo dos anos foi tendo promoções consecutivas até chegar a Sargento-mor, e no ano de 1999 passou à reforma.
Na comissão em Angola foi louvado pelo General Comandante da região militar de Angola e condecorado com a “Medalha Comemorativa das Campanhas das Forças Armadas na Província de Angola, com a legenda 1965/66/67”.
Durante os 31 anos de serviço na GNR, foi louvado 13 vezes pelos Comandantes de Unidade e pelo GCG da GNR.
Medalha de Prata de Serviços Distintos de Segurança Pública; Medalhas de Comportamento Exemplar (Cobre, Prata e Ouro); Medalha de Assiduidade de Segurança Pública com 3 estrelas; Medalha de Mérito de Segurança Pública de 3ª Classe. Publicadas em jornais regionais e “Correio da Manhã” várias notícias elogiosas sobre a acção de comando e resultados obtidos no combate ao crime. Ainda premiado com um galardão do jornal “Correio da Manhã”.
De tudo o que mais o satisfez é que ninguém reclamou ou se queixou do seu serviço ou da maneira como tratava todos os meus concidadãos.
Durante a sua vida activa teve sempre presente algo que o seu pai lhe pediu:  “É melhor deixar fugir um malfeitor de que prender alguém inocente”…
Na guerra aprendeu que tanto se é soldado na guerra como na paz, porque numa e noutra das situações temos missões a cumprir em defesa da nossa Pátria e da nossa família...
Actualmente dedica-se a dar apoio à esposa e aos netos e vai escrevendo uns poemas que envia aos amigos e publica na Gazeta de Lagoa. É membro de “Confrades da Poesia” – Amora / Portugal
 
Bibliografia:
 
Sites: - http://nucleo-lagoaportimao.forumeiros.net/t8-poemas-diversos
 
E-mail: sargmorpaias@gmail.com
 
 
POEMA SOBRE AS MONDAS
     (1960/Alentejo)
 
A monda no Alentejo
Um trabalho sazonal
Que era alegre afinal
No tempo em Portugal.
Ranchos de mondadeiras
Nas searas a mondar
Erva daninha apanhar
Para a seara crescer
Eu gostava de as ver
Nas searas a verdejar.
 
Bonito ver no campo
Rancho de mondadeiras
Raparigas solteiras
Algumas um espanto
De manhã o orvalho
Um estorvo no trabalho
Obrigava a ter cuidado
Para evitar uma molha
Com sapatos de sola
Era muito complicado.
 
Entre as pernas a margem
Para seguir a direcção
Apanhava a erva a mão
Mas só a erva selvagem
Na herdade de Penilhos
Havia sizeirão e pampilhos
Mas se chegava a hora
Quando o sol se escondia
Era uma nova correria
Dizia elas vamos embora.
 
 
 
Deodato António Paias - Lagoa
 
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POEMA SOBRE PORTUGAL
 
Ser humilde não é defeito
Defeito é ser um ladrão
Roubar coisas ao patrão
Mas só é ladrão perfeito
Aquele que mais estudou
Sem dignidade se formou
E que por votos é eleito
Sem nada ter de perfeito
Nada de bem faz a Nação
Enriqueceu da corrupção
Ser doutor não é defeito.
 
Não há regra sem excepção
Diga-se que é verdade
Agora vivendo em liberdade
Ninguém devia ter razão
Perderam a humildade
Também a dignidade
Não salvaguardam a Nação
Alguns foram julgados
E com provas condenados
Deviam estar já na prisão.
 
Fui um honesto servidor
A ser honesto aprendi
Certo que também sofri
Mas sempre cumpridor
Governante não quero ser
Nunca serei se Deus quiser
Não estudei não sou doutor
Mas sempre defendi Portugal
Com perigo de vida afinal
Do bom nome sou merecedor.
 
 
 
Deodato António Paias - Lagoa
POEMA SOBRE OUTROS TEMPOS
 
 
Fomos vítimas do fascismo
Vivia-mos sem liberdade
Numa alegre sociedade
Mas andava-mos à vontade.
 
Diziam alguns mal da Nação
Que estava muito antiquada
Certamente com aberração
Da vivência disciplinada.
 
Também havia gente honrada
Podia haver mais exploração
Mas a sociedade organizada
Trabalhava-se a bem da Nação.
 
Não era tão fácil enriquecer
Não se falava na corrupção
Havia honestidade no viver
Muito mais compreensão.
 
Não havia tanta suspeita
Nem tanta falta de lealdade
Nem tanta coisa mal feita
Havia sim muita humildade.
 
Uma tristeza actualmente
Até os governantes acusados
Que tristeza infelizmente
Se de algo eles são culpados.
 
Neste Pais tão endividado
Com a troika a comandar
O Zé-povinho…desgraçado
Dívida de outros vai pagar.
 
 
Deodato António Paias - Lagoa
 

 

 
POEMA SOBRE A RÁDIO NASCENÇA
    (Em 09 de Abril de 2012)
 
A nossa Rádio Nascença
Fez setenta e cinco anos
Tem mantido a presença
Uma rádio sem enganos.
 
Uma ideia evangélica
De um padre saudoso
Nobre Cruz sem polémica
Foi um parco maravilhoso.
 
Uma rádio profissional
Que Portugal tem servido
Com grande isenção afinal
Sem polémica envolvido.
 
Os setenta e cinco anos
Contam a sua existência
Com alguns desânimos
Mas nunca deu falência.
 
Uma grande actividade
Vai ser hoje condecorada
Mas que grande felicidade
Da rádio muito afamada.
 
Ouvida no mundo inteiro
Muito fala dos valores
Com um programa certeiro
E os melhores oradores.
 
Nove de Abril foi a festa
Uma festa bem merecida
O comportamento atesta
Foi a rádio da nossa vida.
 
 
 
Deodato António Paias - Lagoa
   
   
 
 

"CONFRADES DA POESIA"

www.confradesdapoesia.pt