"BIOGRAFIA" |
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"Chico Bento" |
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José
Francisco dos Santos Bento,
nasceu no Alentejo, na Aldeia de Palheiros, concelho de Ourique,
a 22 de Maio de 1962; de onde saiu aos cinco anos de idade, indo
morar para uma quinta fora da aldeia (Estevão-Gil) onde viveu
até aos 16 anos, cansado dos duros trabalhos do campo e guardar
o gado desde que deixou a escola aos 12 anos de idade e com a
sexta classe completa, saiu para trabalhar no Algarve, onde
andou até ir para a tropa. Fez a tropa em Beja no RIBE, esteve
na 2° Companhia de Instrução onde foi 1° cabo monitor, era o 1°
cabo Bento. Terminada a tropa resolveu emigrar. Em Abril 1986 Como emigrante na Suíça; sonhando com uma vida melhor, aí conheceu o amora de sua vida, uma linda minhota de Ponte de Lima. O seu bichinho pela poesia começou de tenra idade, quando aluno da primária. O seu hobby é escrever poemas diversos. Desde 1986 que está registado na Sociedade Portuguesa de Autores; com muitos poemas registados, entre eles são imensos musicados e cantados tanto por grupos como por cantores a solo. Os poemas que escreve e assina com “Chico Bento” e “Zé Bento” - são alguns dos seus pseudónimos autorizados pela Sociedade Portuguesa de Autores na qual está inscrito com o número 16594. Outros pseudónimos usados por si - João Durão - Brito Castelhano - Albano Torrão - Serafim Ferreira ou Francisco Vilarinho. O meu principal objectivo é animar o seu grupo de amigos, por isso envia anedotas, saudações e poemas com ou sem humor. Faz parte de vários portais na Net; É membro de “Confrades da Poesia” – Amora - Portugal |
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Bibliografia: Não tem livros publicados | |
Site.: http://chicobento62.spaces.live.com - http://de-chapeu-branco.hi5.com | |
FOI UMA TARDE ESTRAGADA
1 O meu primo convidou-me para uma almoçarada na horta do Zambujeiro juntou-se a rapaziada As mulheres ficaram em casa para estarmos á vontade mas nem sempre acabam bem estas festas é verdade 2 Havia sardinha assada vinho tinto e cerveja vinho branco á descrição a mesa metia inveja A malta já bem bebida começou logo a cantar por azar coisas antigas alguém resolveu falar 3 Foi um passo bem pequeno das cantigas á zaragata o que antes era alegria era agora murro e batata Estava eu descansadinho sem ninguém ter provocado algo me bateu na testa acordei no chão deitado Refrão Se eu que isto assim termina quem é que me mandou lá ir o meu primo insistiu tanto que nos íamos divertir Que belo divertimento bêbados andar á lambada era para ser de diversão foi uma tarde estragada. Zé Bento - Suíça FECHA A BOCA MARIA 1 A minha Maria não pára de falar de noite e de dia eu sempre a escutar Ela não diz nada é só fantazia nunca está calada a minha Maria 2 Nunca a mando calar porque ela faz fita depois em vez de falar comigo ela só grita Eu cá a vou aguentando em segredo digo aqui muito baixinho cantando este refrão que escrevi Refrão Fecha a boca Maria fecha a boca fecha a boca Maria fecha a matraca Se tu a boca não fechas poderás ter a certeza que entram moscas ou sai caca. Zé Bento - Suíça A VIZINHA LÁ NA HORTA 1 Costumo lembrar-me de tudo de infância e mocidade de vez em quando me lembro de escrever tudo é verdade Numa quinta eu morava quando era miudo ainda como me lembro tão bem era uma quinta tão linda 2 A horta tudo criava plantada com muito amor ali nas redondezas ai não havia melhor Numa tarde de Verão o Sol escorria a pino a vizinha entrou na horta encantou-se com o pepino 3 O meu pai lhe dizia para ela não mexer o pepino estava quente podia algo mal correr A vizinha não quiz ouvir fazendo só disparates o meu pai só dizia coitados dos meus tomates Refrão A vizinha lá na horta como ela se regalou desde o pepino aos tomates tudo ela apalpou O meu pai, entre dentes dizia-lhe ó badalhoca é pior que a galinha á procura da minhoca. Zé Bento - Suiça DISSESTE QUE ERA POR MIM Tens um coração no peito não te importas de dizer por quem esse coração ai passa a vida a bater Eu ouço o teu coração quando estás a meu lado queria saber por quem é esse bater desenfreado Ouvindo o que me disseste eu fingir não compreender e de novo te perguntei por quem é esse bater Quando a resposta me deste eu senti grande emoção ao saber que era por mim o bater do teu coração Refrão Disseste que era por mim o bater do teu coração também eu te quero fazer aqui mesmo uma confissão Se é certo que por mim bate como o disseste aqui também o meu coração há muito bate por ti. Chico Bento - Suíça |
NA MINHA TERRA AS VELHOTAS
1
As velhas da minha terra
quase todas viuvas sâo
ainda se vão gabando
que são belas como as uvas
As velhas da minha terra
são bastante atrevidas
dizem que ao pé das novas
são espertas e sabidas
2
As velhas da minha terra
ai que tempo divertido
juntam-se todas á sombra
ás novas fazem um vestido
As velhas da minha terra
cheias de mania são
dizem que basta quererem
têm os homemns todos á mão
3
As velhas da minha terra
sabem tudo lá da aldeia
qual é a moça que pinta
e qual a tem mais feia
As velhas da minha terra
quando acabam o dia
dizem com sinceridade
acabou-se a alegria
Refrão
Lá no café da Chaminha
a Ti Chica Machadinha
de todas é a pior
passa o tempo ao espelho
dizendo que não há velho
que lhe tire esse calor
Diz que deu muita boda
e a cabecinha á roda
de muitos homens deixou
não é como a sua prima
só da cintura para cima
é que ela velha ficou.
Zé Bento - Suiça
CONTIGO FIZ UM CAJADO
1
Sou filho de agricultores
no campo eu fui criado
lavrando e semeando
ceifando e guardando gado
Foi assim a mocidade
a vida que eu sempre quiz
agora quando me lembro
daquilo fico feliz
2
O meu vizinho Jaquim
homem rico de verdade
tinha uma filha a Maria
para aí da minha idade
Também o gado do pai
no campo ela guardava
passando as tardes juntos
ai como a gente brincava
3
Eu tinha uma vara forte
para no campo me encostar
a Maria achou-lhe graça
queria com ela brincar
A vara era direita
e dizia a Mariazinha
fica melhor em cajado
fazemos-lhe uma voltinha
Refrão
Ao ver-me de vara erguida
disse-me ela,que tesoiro
vamos fazer um cajado
ali no meu voltadoiro
Ainda em miudo andava
no campo guardando o gado
tinha uma vara direita
contigo fiz um cajado.
Zé Bento - Suíça
TODAS QUEREM
PÔR A MÃO
1
Foi meu pai que me ensinou
nesta vida a ser honrado
para vender minha fruta
vou á feira e ao mercado
Tenho muitas clientes
sou bastante conhecido
porque cliente meu
fica sempre bem servido
2
Quando eu á feira chego
no verão ou primavera
sabem onde me vou pôr
tenho gente lá á espera
Nunca ouvi uma reclamação
e ouvi-las não pretendo
é de boa qualidade
toda a fruta que vendo
3
Vendo fruta nacional
e tambem fruta importada
satisfaço as clientes
e ganho a minha jornada
Nesta vida de ambulante
eu nem quero pensar
o que vai ser das clientes
quando eu me reformar
Refrão
Eu nasci para trabalhar
mas não queria ter patrão
comprei uma carrinha
fui vender frutas então
Eu sou vendedor de fruta
tenho que ganhar o pão
quando levo a fruta á feira
todas querem pôr a mão .
Zé Bento - Suíça
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