"BIOGRAFIA" |
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"Carmindo Pinto Carvalho" |
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Carmindo
Pinto Carvalho,
nasceu em Nagosa _ Moimenta da Beira, a 1.11.1955. Em 1966 concluiu o ensino básico. Foi camponês, trabalhador à jorna em trabalhos diversos e operário na construção civil. Com dezasseis anos foi para Lisboa, (a grande Selva!). Trabalhou como vigilante numa escola privada e posteriormente como empregado num hospital psiquiátrico. Em 1985 emigrou para a Suíça. Depois de trabalhos vários, fixou-se numa fábrica de tubagens metálicas. Durante uma dezena de anos abraçou a vida associativa. Com paixão, deu muito do seu tempo e da sua “pele” desempenhando cargos vários. A necessidade da escrita surgiu-lhe tarde, já depois dos trinta anos. Recusando escrever para a gaveta, entrega ao vento, a leva dos seus trabalhos pelos cantos do mundo e alguns, (umas centenas), já foram publicados em publicações diversas: Cumpriu o serviço militar na Marinha. Ao seu serviço viajou por vários países. Irrequieto, permanentemente inconformado, munido de uma forte curiosidade e cedendo a vários impulsos deixou-se levar e em serviço ou lazer, com muito prazer, pisou já cerca de vinte países. Membro: "Mensageiro da Poesia" e "Confrades da Poesia" - Amora / Portugal |
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BIBLIOGRAFIA: | |||
Entre o Ter e o
Querer, Editorial Minerva 2000 - Entre os Quês e os Porquês,
Editorial Minerva 2002 Mensageiro da poesia Volume I __ Associação Cultural Poética __Antologia Poética __ Vários autores __ 2000 Mensageiro, Volume II 2003 Mensageiro, Volume III 2004 Mensageiro, Volume VII 2008 Da Outra Margem _Antologia Poética de autores da Diáspora residentes em vários países e continentes. Edição Instituto Camões. Lançada em Genebra aquando da feira internacional do livro e da imprensa, em 2001 Elos da Poesia _ Colectânea de poemas de autores de língua Portuguesa, recolha feita na NET pelo Grupo _ Elos da Poesia _. Lançado em Lisboa e em vários locais no Brasil. Ecos da Poesia __ Grupo da Net _Ecos da Poesia _. Autores vários, lançado em Lisboa e Brasil. Dois povos um destino __ do grupo da Net __ECOS da POESIA__ Lançado em Lisboa e Brasil . A caminho estão: ELOS da POESIA Volume II __Dois Povos Um Destino__ Terceiro livro individual de Poesia __ Entre Ondas de Ar e Amar _ , a editar pela ABRALI, BRASIL. Quarto livro individual , Entre Uis e Ais e Outras Coisas Mais __Grande salada contendo : __Crónica , Diário, Prosa poética , Romance __ |
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BLOG: http://carva55.wordpress.com | |||
Por Amor
Por amor peço
Por amor dou
Por amor aceito
Por amor ofereço
Por amor me deito
Por amor me levanto
Por amor me coço
Por amor te roço
Por amor falo
Por amor calo
Por amor ouço
Por amor aturo
Por amor ganho
Por amor perco
Por amor escondo
Por amor exponho
Por amor fujo
Por amor me quedo
Por amor avanço
Por amor recuo
Por amor me vou
Por amor me venho
Mãe galinha
Mãe , teu ventre me gerou E o berço me embalou. Teu doce falar Ao acarinhar, Teu saber grandioso, Para a vida me soube preparar, Fazendo de mim trabalhador lutador E não ocioso preguiçoso. No ventre me transportaste, Imagino quanto peso carregaste! Quantos sacrifícios passaste! Tantos filhos criaste! Mãe , sei que meu silêncio te faz sofrer. Olha , não é palavra vã, Mesmo , mesmo amanhã te vou escrever. E para alegrar teu coração, Sem mais demora Que já é hora, A carta mando de avião. Vivas à amizade O que sou eu sem um amigo? Um animal numa selva perdido Um leão caduco sem rugido Uma pedra pronta a cair Num muro para ruir. |
Pois é
É tão verdade Que não há carecas burros Como verdade é Que há muitos burros carecas! E eu que careca sou e algo de burro também Estou à vontade Para falar desta realidade A muitos filhos da mãe ! Ser mãe Ser mãe, é na essência Máxima da palavra A consagração Da condição Feminina de ser mulher. Ser mãe, é o despertar De um sonho Tantas vezes sonhado! Ser mãe, é o concretizar de um desejo Que ansiosamente transportava no peito. Ser mãe, é o florir de uma roseira Lindas e charmosas rosas! Ser mãe , não é só o gozar ao fazer um filho Que ao pari-lo como cadela danada o enjeita e atira Prá sarjeta da vida Tal como algo putrefacto Um velho e roto trapo . Ser mãe, é dar - lhe o seu sangue, uma vida. Ser mãe, é estar do seu lado Vigilante a todo o instante Para que nada falte ao seu filho Tão querido, tão amado ! Ser mãe, é isso e muito mais! É em silêncio sofrer sem ais. É rir de contente Do mais pequeno instante Que faz feliz o seu petiz. Ser mãe, é defender até à morte O seu filhote Como a loba Ferozmente com valentia Defende a sua cria. A todas vós mães e avós Mães galinhas extremosas Mulheres de todo o mundo: Neste dia em todo lado comemorado Vos peço perdão pela demora Mas aqui e agora Vos rendo vassalagem Me curvo à vossa passagem . E ao lembrar-me de minha mãe Velhinha, lá longe sozinha No seu cantinho No silêncio do meu quarto Meus olhos choram lágrimas silenciosas Que molham e deslizam pelo meu rosto devagarinho. São mágoas Águas derramadas Que eu seco com o meu lenço de linho. Se é feio um homem chorar, não me importo de ser feio. |
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Os Confrades da Poesia - Como te chamas e aonde nasceste? CC – Deram-me o nome de Carmindo Pinto de Carvalho e nasci numa bela terra Moimenta da Beira. CP - Há quanto tempo compões poesia? CC – Desde 1991 CP - Consideras-te poeta? CC – Sim, talvez pequeno, mas sim, sou. Mas, isso mede-se? CP - Que representa para ti a poesia? CC – O meu escape, a minha terapia baratinha... CP - Concordas com a afirmação: "O poeta é um fingidor?" CC – Sim, às vezes sim, e seguramente finge tanto ou tão pouco como o não poeta. CP - Muitos dizem que os poetas são loucos e que anseiam mudar o mundo... - Qual é a tua opinião?... CC - A! Nisso concordo plenamente, são isso e muito mais. Mas só coisas boas! CP - A poesia revela em ti uma cultura ou um dom artístico? CC – Ambas se completam. CP - De que poetas recebeste influências? CC – As minhas maiores influências recaem sobre o Ary dos Santos, Miguel Torga, José Afonso, António Manuel Ribeiro, António Aleixo, e muitos mais. Estou sempre bebendo, e sempre com muita sede... CP - Quais são os teus poetas favoritos? CC – Os acima referenciados. CP - A poesia é um bem universal? CC – Claro, sem dúvida. CP - Qual foi o último livro que leste? CC – O Sétimo Selo. CP - És a favor ou contra os concursos poéticos? CC – A favor . Mas não tenho pachorra para a escolha. E custa-me preferir uns em detrimento de outros. CP - Achas que a poesia está bem divulgada em Portugal? CC – Não, pelo contrário, muito mal. CP - Tens mais algum hobby além da poesia? CC – Sim! … Xadrez e Bilhar livre. CP - És contra ou a favor do novo acordo ortográfico? CC – Sou contra, principalmente pelo que representou - o baixar das calças ao Brasil - Ainda não vi isso acontecer – exemplo disso a língua inglesa - a Inglaterra baixar-se a tantos países onde essa língua se fala, e cada país fala o inglês à sua maneira. CP - Valorizas a amizade? CC – Sim, porque é o pilar de tudo. Da concórdia, da solidariedade, etc… CP- O que mais aprecias numa pessoa? CC – A sua frontalidade, coerência, acutilância, saber dizer o sim e o não, às situações. CP- Como defines o amor? CC – Bálsamo, tónico capilar, nuvem envolvente que encanta e hipnotiza, néctar embriagador. CP - Acreditas na existência de Deus? CC – Não acredito, enquanto continuar invisível, e eu tenha que acreditar no que homens falíveis como eu me dizem para fazer. Que fazem coisas piores que eu. Enquanto não me explicarem quais as ferramentas que usou para fazer esta coisa a que chamam de “MUNDO”. CP - Os assaltos e roubos em Portugal, proliferam... inclusive a pessoas singulares! - Não temes ser assaltado na rua quando te encontras de férias? - Portugal, é um país seguro? CC – Seguro é, se compararmos com outros, mas sempre tenho algum medo. Porém como sou assaltado diariamente por esses ditos dos colarinhos e gravatinhas, que com um rabisco a que chamam de assinatura, roubam muito mais... (roubam aos milhões!) que os ditos pés descalços. Quanto a esse Medo eu já deveria estar vacinado! CP - Qual é a tua opinião sobre o Núcleo: "Os Confrades da Poesia"? CC – É um Grupo de pessoas interessadas, que “ nos ouvem e aturam”o muito que temos para dizer. CP - O que representa para ti o Boletim dos Confrades? CC – É um veículo de comunicação muito bem concebido. CP- Consideras útil este tipo de Comunicação? CC – Sim. Mas gosto mais do gesto de virar a página de um livro em papel. E penso, que tal como a televisão, não eliminou a rádio, cinema e teatro: Também o livro vai resistir a esta onda bonita, prática, mas agressiva... CP - Achas que o Boletim está bem conceituado? CC – Se muita gente o olhar tal como eu o olho, com olhos de ver, dada a sua perfeição, só pode estar bem conceituado. CP - Para finalizar, queres acrescentar mais alguma coisa? CC – «S.O.S.» … Coloquem um artista, um poeta, ou coisa assim parecida, para Ministro da Cultura, que saiba o que se semeia, e o que se planta... e então «A Cultura» vai germinar, crescer, e frutificar. |
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"CONFRADES DA POESIA" |
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www.confradesdapoesia.pt |