"BIOGRAFIA" |
|
"Anabela Dias" |
|
Anabela Vieira Graça Pires Dias - nascida em Lisboa a 4 de Outubro de 1949, a sua vida sempre foi feita no Barreiro, onde foi criada, viveu, casou e teve três filhos. Foi gerente comercial, fez teatro amador durante muitos anos, mas na poesia iniciou-se aos 9 anos de idade com o poema “Dia de Reis”. Em 1985 publicou o seu primeiro livro “Poemas ao Vento”. Tem poemas premiados como a “Severa e o Fado” e “Saudade”. Muitos dos seus trabalhos poéticos foram publicados no jornal do Barreiro, e o seu livro teve críticas favoráveis. Em 2008 ficou viúva. Hoje mora no concelho do Seixal, e a sua forma de escrever foi mudando consoante a visão que adquiriu ao tomar conhecimento de uma nova compreensão mais espiritual, ao receber Jesus como seu Senhor e Salvador. Alguns dos seus trabalhos são direccionados para o autor da vida, pois a Ele deve todos os dons que tem e tudo aquilo que é. Com isto tem em mente sensibilizar as pessoas na medida em que a fé mudou a sua vida e pela mesma fé possa mudar também a vida de muitos. Actualmente é membro de “Os Confrades da Poesia” – Montemor o Novo / Portugal |
|
BIBLIOGRAFIA: “Poemas ao Vento”; "Reflexões Cristãs em Poesia" | |
Era... Era um canteiro de sonho, era um jardim, Plantado com ternura e muito amor; Não existia a mágoa nem a dor. Não existia o mau nem o ruim, Havia só principio, não o fim: Tudo era puro, doce, encantador, A paz e a alegria era em redor, Violetas trabalhadas em cetim. Mãe Eva, porque foi que tu pecaste, O pai Adão à tentação levaste, Se tinhas no regaço, luz, ventura? Teu erro veio ao mundo alterar sorte, A uma vida linda deste a morte, E abriste para nós a sepultura. Anabela Dias Ainda há esperança A nossa vida não acaba assim… Porque Deus nos deu O Salvador, Que na Cruz, com Seu sangue remidor, Do pecado nos lavou, a ti… a mim. Faz da esperança e fé, um trampolim, Sobe os degraus p’ro Céu. Pátria d’amor, És importante para o Criador: Não emudeças pois, ao Seu clarim. Somente crê, o milagre acontece, Pois aquele que crê, nunca perece, E em Cristo Jesus terá vitória. Aceita-O, louva-O, pois na Cruz Te transladou das trevas para a Luz, E à tua espera está, com o pai na Glória. Anabela Dias | Nadas Ainda a noite mal se espreguiçava Já a manha rompia em claridade, Cantavam os pardais em liberdade No ar a melodia se espalhava Mais um dia de novo começava P’ra uns, quanta agonia e ansiedade P’ra outros, o anseio à felicidade E o tempo nessa ânsia assim passava. Quantos dias bonitos que morreram Os meses e os anos sucederam Em cadência febril e dolorida; Por nadas, nos deixamos embalar Que nem paramos para reparar Nos nadas que dão vida a nossa vida Anabela Dias Viúva Tenho sessenta anos. Viúva estou. Perdi o meu companheiro da minha vida Foi minh’alma pl’a dor acometida Como pássaro baleado em pleno voo. Às vezes cambaleio, mas de pé estou Ando a curar meu ser que está em ferida Quarenta e dois anos de partilha e lida Num fechar d’olhos tudo se esfumou. Mas o meu Deus nunca me deixa sozinha Ao correr p’ra ele logo me acarinha Renovando minhas forças, minha esperança. Graças Lhe dou por tudo o que tenho Meus filhos, meus netos, são meu rebanho Que meu companheiro me deixou de herança. Anabela Dias |
"CONFRADES DA POESIA" |
|