"A Grande Gala dos Confrades da Poesia" |
Grande Gala da Rádio Confrades da Poesia
Carlos: - Mais uma vez boa noite
aos ouvintes da Rádio Criativa, que transmite desde a
Marinha Grande – Leiria. Como já anunciámos, hoje vamos
transmitir diretamente do Pavilhão Desportivo de Amora
(concelho do Seixal) a Grande Gala da nossa colega Rádio
Confrades da Poesia, onde estará o nosso colega Pinhal Dias.
Ainda não conseguimos a ligação…
(…)Sou marinheiro
Deste velho cacilheiro Dedicado companheiro Pequeno berço do povo E navegando A idade foi chegando O cabelo branqueando Mas o Tejo é sempre novo
Carlos: - Ainda não conseguimos a
ligação. Talvez a onda hertziana esteja metida no trânsito
em qualquer das pontes que ligam as duas margens do rio
Tejo…
(…)Certa noite de luar
Vinha eu a navegar E de pé, junto da proa Eu vi, ou então sonhei Que os braços do Cristo-Rei Estavam a abraçar Lisboa
Carlos:- A técnica está a fazer
sinal que já estabelecemos a ligação, vamos verificar…
Pinhal Dias…
Pinhal: - Boa noite Carlos e todo
o vasto auditório da Rádio Confrades da Poesia e da Rádio
Criativa. Como estamos ligeiramente atrasados, vamos começar
a Grande Gala. E como aqui a Poesia está intimamente ligada
à Música, temos o prazer em ter connosco, Carlos do Carmo,
que vai cantar: “Lisboa Menina e Moça”. O vosso aplauso…
No castelo, ponho um cotovelo Em Alfama, descanso o olhar E assim desfaz-se o novelo De azul e mar À Ribeira encosto a cabeça A almofada, na cama do Tejo Com lençóis bordados à pressa Na cambraia de um beijo Lisboa menina e moça, menina Da luz que meus olhos veem tão pura Teus seios são as colinas, varina Pregão que me traz à porta, ternura Cidade a ponto luz bordada Toalha à beira mar estendida Lisboa menina e moça, amada Cidade mulher da minha vida No terreiro eu passo por ti Mas da Graça eu vejo-te nua Quando um pombo te olha, sorri És mulher da rua E no bairro mais alto do sonho Ponho o fado que soube inventar Aguardente de vida e medronho Que me faz cantar Lisboa menina e moça, menina Da luz que meus olhos veem tão pura Teus seios são as colinas, varina Pregão que me traz à porta, ternura Cidade a ponto luz bordada Toalha à beira mar estendida Lisboa menina e moça, amada Cidade mulher da minha vida Lisboa no meu amor, deitada Cidade por minhas mãos despida Lisboa menina e moça, amada Cidade mulher da minha vida
Pinhal: - E chegou a hora de começar a ouvir os
nossos Poetas, começando pelo Confrade, João da Palma, que
teve a gentileza de fazer um belo trabalho dedicado à nossa
Rádio…
PARABÉNS! RÁDIO CONFRADES DA POESIA.
Parabéns! Para o Confrades! Nas suas actividades Com a sua Rádio, agora… Será uma mais-valia, Com música e poesia Do Pinhal Dias, de Amora! Entrei com o pé direito Depois do convite feito P’lo Pinhal, que aceitei! Eu irei contribuir Com poesia, e seguir, Como posso e como sei! É muito gratificante Estar convosco e importante Vivendo realidades… É bom por ir convivendo, Ao mesmo tempo aprendendo, Neste Grupo, O Confrades! Mais uma vez Parabéns! P’la riqueza que conténs, Confrades da Poesia! Ao Pinhal muito obrigado Por ter sido convidado, O que me enche de alegria! Pinhal : - E depois dos vossos aplausos, tenho o prazer de ter aqui connosco: Adelina Palma Velho – Lisboa http://www.confradesdapoesia. HINO À MATEMÁTICA Eu canto a tua beleza ó rainha das ciências, fora de ti a certeza é apenas aparências... Toda tu és perfeição de lógica inabalável, abstracta inspiração, sempiterna, invariável! Enquanto as outras ciências vivem de investigação, tu dispensas experiências só da mente és construção! Por isso foste a primeira e tudo a ti se reduz, nasceste desta maneira: - Agora faça-se a luz! És feita de absoluto e por isso és intangível, para tudo tens soluto somente tu és credível! A lógica em ti reside, fora de ti nada a tem, por isso só quem decide com base em ti o faz bem... Sobrepões-te ao que é vulgar, pairas sobre o que é real, mas consegues modelar mais que qualquer material... E apesar de imutável derivas constantemente, evoluindo notável de ti mesma dependente! Ninguém deixas indiferente, geras emoção a esmo: ódio de quem te é temente, quem te entende, ama-te mesmo!... Mas não são muitos aqueles de quem és a predilecta, como muito esperas deles também nisso és mui selecta... Só em ti eu acredito p’ra solucionar problemas, tudo acaba por ser dito nalgum dos teus teoremas... Só me entrego à tua arte... Só por ti meu cérebro vive... A ti devo a melhor parte do gáudio que já obtive... Transportas-me para um mundo onde tudo faz sentido, teu recôndito profundo refrigério meu tem sido... Deste-me este privilégio de teu âmago abarcar, teu supremo sortilégio obriga-me a te cantar... A meu frágil cérebro peço conserve tua afeição... Pois só a ti eu conheço próximo da perfeição!...
Pinhal: - E Albino Moura, de Lisboa é o Poeta seguinte:
http://www.confradesdapoesia.
Poema “Menez” Virou a esquina e a paisagem era ali ao lado branca com figures uma de cada lado o guache manchou o papel e a tinta ficou azul na finura do traço que se perdeu no virar da esquina da vida Ali ao lado ainda na tela a pincelada escorreu na assinatura que ficou Menez.. Pinhal: - E de Lagos (Algarve) veio o nosso Confrade, Alfredo dos Santos Mendes http://www.confradesdapoesia. CANÇÃO NAVEGANTE Compus uma canção, lancei ao mar! Pedi-lhe humildemente que a levasse! E em caso de procela a amparasse, Para nenhuma estrofe se afundar! Às estrelas pedi para a guiar, Ao luar que o seu rumo iluminasse. A Neptuno roguei, que não deixasse, De a um porto seguro a acompanhar! Eu sei que alguém espera esta canção. Terá seu peito arfando de emoção, P’ra ouvir a melodia, e seu cantar! Meus versos, um a um recolherá! Seu peito generoso se abrirá, Para nele a canção se aboletar! Pinhal: - A nossa Confrade, Ana Ferreira dos Santos - Vila Nova de Gaia http://www.confradesdapoesia. Criança pássaro que voa Criança, pássaro que voa Nas asas soltas ao vento És barco sem rumo, sem proa Liberta, no pensamento. O Homem fez-te sofrer Por erros mal intencionados É a tua esperança a morrer Nos teus sonhos amedrontados. O teu olhar está marcado Pela dor de quem é humilhado Numa guerra por entender de ódio e ambição. Sufocas uma infância oprimida Numa violência premeditada e desmedida Que endurece o teu coração. Pinhal: - Arlete Piedade que chegou ainda a tempo, vindo de Santarém: http://www.confradesdapoesia.
Ecos
O eco dos teus passos ainda ecoa No saibro dos caminhos lá no jardim Onde o teu coração se apoderou de mim E minha alma ficou para sempre á toa... A tua voz ressoa ainda no relvado O teu riso, ficou marcado na minh’ alma Esta saudade me tortura e não se acalma A ânsia de te rever, oh meu doce amado! Recordo a tua cabeça alva, reclinada Procurando em meu peito, doce aconchego Implorando de minhas mãos, a carícia... Acreditei ser para sempre tua amada Nos teus olhos, era tanto esse chamego Mas afinal deste para outra, tal delícia... Pinhal: - E vamos ouvir mais uma canção: Paulo de Carvalho em “O Meu Mundo Inteiro”. Palmas para este grande cantor português! Todos te querem bem mas tu não, mas tu não todos te querem também mas tu não, mas tu não eu vou estar aqui, vou estar aqui para quando tu não quiseres ouvir vou estar aqui, por ti… Quando não tens ninguém eu estou cá, eu estou cá e quero-te também tu não vês, tu não vês eu vou estar aqui, vou estar aqui para quando tu, não quiseres ouvir vou estar aqui, por ti (Refrão) Eu não quero eu não quero, ver o mundo inteiro pronto a esquecer que tem alguém que não tem tratado bem E quando me vejo ao espelho e pergunto-me quando é que esse espelho vai sorrir, porque (Refrão) Eu não quero eu não quero, ver o mundo inteiro pronto a esquecer que tem alguém que não tem tratado bem . E quando me vejo ao espelho e pergunto-me quando é que esse espelho vai sorrir, Pra mim, pra mim e pergunto-me quando é que esse espelho vai sorrir para mim Refrão) Eu não quero eu não quero, ver o mundo inteiro pronto a esquecer que tem alguém que não tem tratado bem Pinhal: - E vamos continuar com a Poesia, que está quase sempre ligada a boa música. E de seguida vamos apresentar, a Confrade, Carla Isabel Mota Carvalho, que veio de Oliveira de Azeméis. http://www.confradesdapoesia. És o meu refúgio Acordei de um sonho Medonho O amor tinha me deixado só O meu sorriso estava enfadonho Tudo me metia dó… E eis que te vi Deitado do meu lado Com o sol a brilhar... E aí percebi Que sem ti Não podia ser feliz... És o meu porto de abrigo O meu agasalho O ombro onde choro O meu sorriso... Tu completas me... Quero amar-te... Pinhal: - E mais um Confrade: Carlos Lopes, do Porto: Posso eu ser Pode um rio nascer no meu peito, E pela vida, correr sem leito, Apenas para te encontrar, E nessa foz que és tu, desaguar? Pode uma flor brotar na minha pele, Num desígnio de primavera sem fim? Posso eu ser natureza, mar, margem ou vento, Conter o sol nos meus olhos fechados, Ou toda a lua no meu pensamento? Posso eu ser um jardim por inventar? Uma tela continuamente por pintar? Palavra por falar? Onda sem mar? Posso eu ser poema para te cobrir, Palavras para te vestir, Ou simplesmente… …poeta, para te sentir?
Pinhal: - Seguidamente, a nossa amiga, Cecília Rodrigues
de Oliveira, de Azeméis
http://www.confradesdapoesia.
Poesia . . . És companhia...nas horas cruas És harmonia nas tempestades Nas intempéries apaziguas Neste Planeta em desigualdades Nas horas certas tu compactuas Na paz de espírito nas Irmandades Contigo a calma tem forma de luas E o amor perdura por eternidades Também és candura, alma e luz És aquela estrela que me conduz Nesta via láctea de tantos horrores Abraço este esteio que me propus E na tua palavra que me seduz visto-me de sonhos, vislumbro flores Pinhal: - A nossa Confrade, Edyth Teles de Meneses, que veio da outra margem do rio Tejo, ou seja, de Lisboa: http://www.confradesdapoesia. Primavera Ao nascer do sol as flores com seus cheiros misturados no ar fazem lembrar que chegou a Primavera. É hora dos pássaros cantarem sem parar e voltarem a amar, construir os ninhos para mais tarde os seus filhos criar. Ouve-se novamente o riso melodioso das crianças a brincar na rua nas tardes que estão a crescer. Os velhotes voltam a ocupar os bancos que dias atrás se encontravam desertos para longas conversas recordando tempos passados. Que lindas são as andorinhas de peito branco a voar buscam alimento para a seus filhos não faltar Adoro a Primavera e seus cheiros a emanar... Pinhal: De seguida, o nosso amigo e Confrade, Euclides Cavaco, que divide seu coração entre Portugal e Canadá: http://www.confradesdapoesia. FADO HILÁRIO Reza a lenda que o Hilário No Choupal se inspirava Num excelso imaginário Que sobre Coimbra pairava. Dono duma voz brilhante O fado em Coimbra cantou Com alma de estudante Que tanto o fado orgulhou. O Hilário um dia ao ser P’la guitarra acompanhado Pensou do fado fazer Seu próprio estilo de fado. Ficou na história o fado Com este nome lendário P’ra sempre imortalizado De Coimbra...O Fado Hilário. Pinhal: - E outro grande amigo dos Confrades da Poesia, o Eugénio de Sá, que também veio da outra margem: Lisboa http://www.confradesdapoesia. Nossa flor Já fui pau de cabeleira, estudante, reprodutor Escrevi rimas de noticias, dei apoio a engenheiros Desenhei caras e vícios, tudo sem grande fulgor Experimentei a liberdade esculpida em cravos grosseiros Dei amor e confiança a quem provou não merecer Rompi sapatos já gastos em vãs procuras de sorte Recebi dores e traições de quem não quis receber Vagueei por esta vida não esperando mais que a morte E eis que um vaso, um simples vaso numa janela qualquer, despertou minha atenção era um vazo como tantos, com rachas, num prato raso mas dele brotava uma rosa, frágil flor aquele botão E parecia bem tratada na terra que a acomodava fresca a água que a regara, cujo escorrer se notava Pensei então que essas mãos que bem tratavam a flor poderiam ser aquelas que sem ser jovens e belas saberiam dar amor a quem só viveu na dor E a esperança encheu-me o olhar posto naquela janela Pinhal: - A nossa Confrade que veio de Agualva Cacém, a Felismina Mealha! http://www.confradesdapoesia. A Palavra Escrevo-a, pronuncio-a e …saboreio-a! Grata, porque com ela me expresso, me apresento, me digo… Estendo-a no papel, digito-a, Repenso-a, analiso-a, Recomponho-a, medito… Medito sobre ela, introspectivo-a. Quero que seja inteiramente fiel ao que sinto! Tem de ser absolutamente reflexiva Do meu sentir elementar, profundo, total! Só assim a reconheço, a valorizo! Cada letra é uma criação que respeito Que enalteço, que vivo! Cada sílaba—uma pré construção da vida!... Cada Palavra—uma Avenida… Pinhal: - E a nossa querida amiga, Glória Marreiros, que veio de Portimão. O nosso colega e amigo, Carlos Leite Ribeiro, pediu-me para ler esta mensagem: “Para a Gloriazinha, marido o Mário, Filhos e Neto e para a linda irmã Bernadete, os meus cumprimentos”. E vamos ouvir a Glória Marreiros! http://www.confradesdapoesia. SE... Se um dia eu te disser: Vem ter comigo! Deixas o bem-estar do teu castelo, a mesa sempre posta, com desvelo, a cama de veludo tão antigo, a volúpia, sem par, do teu abrigo com pinturas e tons de oiro amarelo, as aias que te envolvem num anelo e o sonho de não veres um perigo? Se esse dia chegar, em céu-aberto, e eu sentir teu aroma bem de perto, o nada será brilho onde me inundo. Minha voz fará eco sobre o monte, dizendo ao firmamento que te conte o prazer de eu ter vindo a este mundo. Pinhal: - Da terra das saborosas alheiras, Mirandela, veio o Confrade, Henrique Pedro http://www.confradesdapoesia. A Felicidade, hoje em dia A felicidade Hoje em dia Oh, que estranha poesia! É um produto de consumo Como outro qualquer Que se compra a crédito Como outras ilusões E poderá ser pago Em suaves prestações No fundo Nesta linguagem metafórica Viver é conduzir o corpo Cumprindo os códigos da estrada E da vida Mais importante será manter o corpo E o espírito Bem oleados E o melhor óleo para o efeito Se chama amor Depois É só seguir em frente Por nós adentro E talvez encontremos Deus Numa curva do caminho
Pinhal: - Um grupo de Confrades organizou-se para
recrear a canção que foi tão bem cantada pelo saudoso, José
Afonso "Vampiro". Palmas para estes 9 amigos!
No céu cinzento sob o astro mudo Batendo as asas pela noite calada Vêm em bandos com pés de veludo Chupar o sangue fresco da manada Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas à chegada Eles comem tudo eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada [bis] A toda a parte chegam os vampiros Poisam nos prédios poisam nas calçadas Trazem no ventre despojos antigos Mas nada os prende às vidas acabadas São os mordomos do universo todo Senhores à força mandadores sem lei Enchem as tulhas bebem vinho novo Dançam a ronda no pinhal do rei Eles comem tudo eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada No chão do medo tombam os vencidos Ouvem-se os gritos na noite abafada Jazem nos fossos vítimas dum credo E não se esgota o sangue da manada Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas à chegada Eles comem tudo eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Eles comem tudo eles comem tudo Eles comem tudo e não deixam nada Pinhal: - E vamos continuar com Poesia e com Isabel Rodrigues, de Fernão Ferro http://www.confradesdapoesia. QUERO CANTAR Quero cantar ser alegre Que a tristeza não faz bem Eu nunca vi a tristeza Da alegria a ninguém Para ser feliz na vida Era isto que eu diria Deixar de lado a tristeza Valorizar a alegria Deixar de lado a tristeza Valorizar a alegria Para ser feliz na vida Era isto que eu diria Ser alegre e bem-disposto É receita milagrosa Afastar a escuridão E pôr lentes cor-de-rosa Afastar a escuridão E pôr lentes cor-de-rosa Ser alegre e bem-disposto É receita milagrosa.
Pinhal: - O Confrade Isidoro Cavaco, que veio de Loulé,
em:
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MENDIGO Sem ter de Deus a luz, ou uma graça, Um pobre numa esquina a mendigar, Fica triste sozinho a ver quem passa, Mendigando um carinho, ou um olhar… Porque todos ignoram a desgraça, Ninguém vê os seus olhos a chorar!... É como folha morta que esvoaça, Em noite sem estrelas nem luar. Mas eis, que o seu olhar ganhou esp’rança, Quando as suaves mãos de uma criança, Afagaram a face do velhinho, Que ajoelhou, dizendo em voz dorida: -Foi a única vez, que em toda a vida, Alguém me deu, um gesto de carinho! Pinhal: - De seguida, Jorge Humberto, de Stª Iria Azoia http://www.confradesdapoesia. TUA LINDA MÃO Se almejar paz e basta saúde, pra mim, Não é pedir demais nem ser egoísta, Então que venha de lá, palhaço ou trapezista, Para que no fim, possa ser feliz, assim. Nunca fui de pedir muito, sofri Que nem um desalmado, sem casa ou abrigo; E, eras tu, afinal, quem estava comigo, Quando me julgava só, e só não estava…eu bem vi. Não anseio senão caminhos, nunca vistos; Ter plena força, para alevantar novos poemas; E mi alma, não mais triste, nas vogais, dos fonemas, Sempre resistir, aos desvarios, dos malquistos… Já adormeceu, meu persistente coração, Na procura momentânea, de tua linda mão. Pinhal: - O nosso Confrade, José Carlos Moutinho, da Maia http://www.confradesdapoesia. Rio Tejo Tu que vens de tão longe, Pequeno, quase criança, Deslizas, crescendo pela avenida do teu leito, Ladeado pelas alamedas, Verdejantes, arborizadas e floridas Das margens da tua vida, Tornas-te adulto, Mais maduro e belo, Quando os raios solares, Reflectem no teu corpo, És romântico com o luar, És sereno quando queres, Turbulento, quando te provocam, Podes ser a alegria e a morte, Exiges respeito! Não corras tão depressa, Porque vais perder-te no mar Um dia, recusaste-me, Nas águas do teu ventre, Devolveste-me à vida, Toleraste a minha inocência! Tens a grandeza da tua autoridade Serás eternamente importante Marcaste a minha vida Meu Rio Tejo
Pinhal: - Da outra margem, veio Lauro Portugal (Lisboa)
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Homens bonitos Obcecado por tua catadura, O que te fez perder a auto-estima, Jogaste com o destino franca esgrima Por uma migalhinha de ternura. Foi teu azar viveres numa altura Em que as mulheres – isto não te anima – Olhavam como sol e obra-prima Homem louro, Apolo em formosura. Hoje são negros, magros, narigudos Que têm de dizer-lhes: “Calma! Esperem!”, Ou baixotes, carecas, barrigudos. Feios, enfim, Bocage, elas preferem, Que os bonitos, segundo alguns estudos, Não lhes conseguem dar o que elas querem. Pinhal: - Chegou a vez de ouvirmos, Lili Laranjo, que veio de Aveiro, a quem muitos chamam a “Veneza de Portugal) Coragem Afinal o que é coragem? Coragem palavra forte Valente e guerreira Palavra que Sentimos no peito E temos a certeza Que coragem É valentia... Mas muitas vezes Me interrogo E será que é? Coragem É não virar as costas É seguir em frente Sem medos Sem pensar nos obstáculos... Mas pensando sempre Que coragem É Sempre Sinónimo de Conseguir. Pinhal : - A nossa Confrade, Liliana Josué, de Lisboa! http://www.confradesdapoesia. Afastamento Gostava de escrever o mundo e cantá-lo ou chorá-lo mas estou muito eu… egoisticamente eu… desesperadamente eu! Quero estar comigo, desenraizar-me deste lugar e seguir não sei para onde. Tudo em mim se desprendeu deste ponto do universo. Eu sei que nada está bem que me estou a abandonar. Escrevo um último verso na despedida de mim e talvez me encontre no fim… Quem sabe… ? Pinhal: - Apresento o Luís Mota Filipe – Lisboa http://www.confradesdapoesia. LEMBRANDO UM OUTONO O Outono chegava, Trazendo consigo as marcas da saudade, Do outro Outono que passou, Desse tempo que acabou, E que nunca mais voltou. Mas este Outono, Trouxe também recordações, Dos momentos vividos na escuridão, Em que da noite se fez dia, Apenas com a chama da paixão. Este frio que se aproxima, E o sol que não me aquece, Deixam em mim as lembranças, De um amor que não se esquece.
Pinhal: - O Confrade, Manuel Carvalhal, de Évora, no seu
sonho…
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Sonho de Marinheiro Na vida do Mar O dia mais lindo Foi quando a sonhar Já te estava ouvindo Dizer maravilhas Sem ter navegado Com tão lindas Ilhas Ali ao meu lado No Cais atracado AS Mulheres Bonitas Já tinham esperado As Fardas benditas As mantas de sêda Com tão longas fitas Marujo com "trêtas" A fazer conquistas Nos Bares e nas Docas Cervejas e vinho Carinhas larocas A dar-me Carinho Ali ao Cantinho Uma Mulher chorava Pelo Marujinho Que não regressava Com isto acordava Dum Sonho tão Lindo Já não vi mais nada E fiquei Sorrindo!
Pinhal: - E chegou um momento alto desta Gala: a grande
cantora Marisa, em "Melhor de Mim"!
Hoje, a semente que dorme na terra E se esconde no escuro que encerra Amanhã nascerá uma flor Ainda que a esperança da luz Seja escassa A chuva que molha e passa Vai trazer numa gota amor Também eu estou À espera da luz Deixo-me aqui Onde a sombra seduz Também eu estou À espera de mim Algo me diz Que a tormenta passará É preciso perder Para depois se ganhar E mesmo sem ver Acreditar! É a vida que segue E não espera pela gente Cada passo que dermos em frente Caminhando sem medo de errar Creio que a noite Sempre se tornará dia E o brilho que o sol irradia Há-de sempre me iluminar Quebro as algemas neste meu lamento Se renasço a cada momento Meu o destino na vida é maior Também eu vou Em busca da luz Saio daqui Onde a sombra seduz Também eu estou À espera de mim Algo me diz Que a tormenta passará É preciso perder Para depois se ganhar E mesmo sem ver Acreditar! É a vida que segue E não espera pela gente Cada passo que dermos em frente Caminhando sem medo de errar Creio que a noite Sempre se tornará dia E o brilho que o sol irradia Há-de sempre nos iluminar Sei que o melhor de mim Está para chegar Sei que o melhor de mim Está por chegar Sei que o melhor de mim Está para chegar
Pinhal: - E da longínqua localidade de Chaviães
(Melgaço) veio a nossa amiga, Maria Alberta Domingues!
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Eu gosto das monitoras Eu gosto das monitoras; Tenho-as no coração; Estão sempre ao nosso lado; Para nos deitar a mão. Elas deitam-nos a mão; Tem uma boa atitude; Que Deus lhe dê alegria; E também muita saúde. Raparigas do meu tempo; Gosto muito de vos ver; Dai-me sempre um sorriso; (Bis) Enquanto eu cá estiver. É minha forma de vida; Eu tenho uma vida assim; Eu trago-vos alegria; Vós dais-me alegria a mim. Amigas, minhas Amigas; Rapazes que aqui estais; Com a vossa amizade; Da tristeza me safais.
Pinhal: - De seguida vamos ouvir, Maria José Lacerda,
de Lisboa:
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Caminho...caminho... Caminhando... Pela sombra dos meus passos Penso, faço e desfaço figuras no vento A cada momento vivido assim... Caminhando... Pelo silêncio de mim Buscando em cada pedaço, Nas figuras que faço e desfaço Encontrar os sonhos em mim... Caminhando.... Eu e os meus passos Sem rumo, nem destino Percorrendo um e outro caminho...caminho... Pinhal: - O Mário Barradas, que não vai morrer de pé, veio daqui perto, do Seixal - http://www.confradesdapoesia. Morro, Mas Morro de Pé Navego, Navego pelos meus sonhos Como se fossem sempre os últimos, Como se acabasse naquele momento A minha vontade de viver. Mesmo naqueles dias em que não estou bem comigo mesmo Penso naqueles de quem mais gosto. A família e os meus três grandes amigos Que sei que um dia me hão-de ver partir Para melhor? Para pior? Não sei. Não imagino. Não perguntarei. Quero que a minha vida seja Uma luta contra aquilo que está errado, Uma cantiga de amor para os meus amigos, Uma cantiga de amigo para os meus amores. Se viver mais do que aquilo que devo, Então morro. Morro, mas morro de pé. Pinhal: e a nossa querida amiga, Natália Vale, a quem o amigo Carlos Leite Ribeiro chama a “A Dama de Leça do Balio)! http://www.confradesdapoesia. “MEU DEPOIMENTO DE POETA” Natália Vale (Portugal) . Nestas linhas exponho, Um depoimento prestado, Num dia enfadonho, E que deu mau resultado… . À poesia jurei, Ser fiel e companheira, Hoje vejo que errei, Já que perdia a veia… . Penso, repenso e volto a pensar Como meu juramento cumprir? É tarde para com a palavra retornar, E sair dela a fugir… . Por isso continuo a escrever, Deixando para a eternidade, Algo que se possa ler, E lembrar-me com saudade!. Pinhal: E vamos chamar, Nogueira Pardal, que veio Lisboa: http://www.confradesdapoesia. O SILÊNCIO DO POETA Tudo sonhei e nada construí, Tudo inventei e não inventei nada, Tudo quis e perdi, sorte malvada, Ou sorte do poeta que nasci. Sonhei poemas, nunca os escrevi, Sonhei amores, nunca tive amada, Sonhei a vida na desesperada Esperança de viver, e não vivi. O ser poeta é este triste fado De viver e morrer amargurado Em busca do soneto nunca escrito? Ou ser poeta, é inventar a dor De viver da saudade e do amor Cantando o que se cala num só grito?
Pinhal: Veio de Agualva (Cacém), onde já começa a
cheirar a Sintra: connosco, Paulo Taful
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Pó, eu! Sou do campo, Vejo-me da serra Misto de mim Em gosto atravessado De pedras e liós. Rochas arrancadas Com mãos de lenha, Em uivos de largada Quando o sol se põe. Sou para além de mim Ser pequeno, esculpido fruto, De outros beijos e gritos, Mármores e pó. Sou do campo, Vejo-me na pedra, Companheira inseparável, Mármores, liós, Rochas, pedras e pó. Pinhal: - O nosso Confrade, Quim d’Abreu, do Laranjeiro! Eternidade Que nunca tanto uns olhos choraram Nem mesmo um coração ainda que forte Tantas e tão sentidas dores suportou; Que só entendem o amor os que já amaram Aqueles que só esquecerão pela morte O que esquece em vida quem nunca amou. Que nunca as lágrimas foram tão sentidas Nem tão bem mostraram no rosto magoado A imagem triste duma alma torturada; Que só há solidão nas almas abandonadas Ao destino de quem nasceu malfadado Para jamais ter a felicidade desejada. Que nunca o poeta sentiu na mão a dor Gerada no cansaço de tanto escrever Sobre o que da vida se não vê mas sente; Que não haverá nunca Primavera sem amor Nem a mais simples flor ao amanhecer Deixará de o inspirar e ser eternamente. Pinhal: Daqui perto chegou o Rogério Pires (Seixal) http://www.confradesdapoesia. Amigo Quantas vezes te vi só e não fui capaz de te amparar. Quantas vezes procuraste um abraço e eu não to soube dar. Perdoa-me meu amigo. Era cego, agora eu sei. Não notei que choravas. Não reparei nas lágrimas nem nos prelúdios de dor. Quando ausentaste as palavras não te soube escutar nos silêncios. Quando infeliz te refugiaste nas sombras da tristeza eu já não te alcancei. A noite desceu sobre ti. Secou os caudais que derramavas, só, nas longas noites de aflição. Encontrei-te então; mas mais não eras que um muro de solidão. E partiste. Partiste naquela viagem da qual não se consegue regressar. De que me servem agora os abraços que nunca te cheguei a dar? As lágrimas que derramo por não ter notado a tua aflição? Perdoa-me amigo. Era cego, agora eu sei. Desculpa-me pelas lágrimas que não te soube enxugar. Por todas as vezes que tu me disseste “fica” e eu abalei.
Pinhal: - A amiga, Rosa Guerreiro Dias veio de Lisboa!
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EM ONDA DE Olhem esta Rosa atrevida Numa "Londres" de encantar Passando despercebida Em sua moto a voar O Dias preocupado De a ver de motorizada Dizia, Rosa cuidado Tens o livrete? olha a estrada Mas ela que nada ouvia Por vias do capacete Mais gargalhava e corria Sem se lembrar do livrete E como quem foge á policia Sem disso se aperceber Achou isto uma delícia Que jamais irá esquecer Verdade? A moto a alegria O estar em Londres também. Tudo o mais foi fantasia Uma história que eu inventei Pinhal: - Foi das primeiras a chegar, mas chegou a sua vez: Sara Costa, de Corroios (Seixal) http://www.confradesdapoesia. ALENTEJO Eu gosto do pôr-do-sol Sentir a doce poesia Que no meu querido Alentejo É o pôr de cada dia E o trigo, verde loirinho Que se desfaz em espigas E com a cevada bem misturada Mais umas cantigas Farinha amassada De suor tão regada Com dedicação, Assim se produz Na minha terra o nosso pão Minha terra pequenina Que és meu berço Quanto me lembro de ti Um dia eu voltarei E meu corpo te darei Á terra que guarda tudo Mas chegado o fi m do mundo Em ti eu reviverei. Pinhal: - De uma das mais belas cidades de Portugal, estamos a falar de Sintra, temos a amiga Susana Custódio! http://www.confradesdapoesia. O NOSSO ESPAÇO Surgiste qual génio da lâmpada Em letras finas me contactaste Deste lado sentia-me aconchegada Respondendo a tudo que perguntaste O tempo foi passando e não foi em vão Ambos semeámos uma linda seara Durante esse fictício quente Verão Coisa que já vai sendo muito rara Soltaram desejos no nosso peito Ambos desejámos o trigo colher Para tal levámos a efeito O nosso espaço para nos acolher É aí que entre grandes e loucos beijos Os nossos corpos se entrelaçam Dando largas a estes desejos Fogo e loucura total nos amassam Libertamos o néctar desejado A qualquer hora do dia ou noite de luar Neste espaço por nós idealizado Fundimos os corpos no verbo amar
Pinhal: O grande Escritor, Tito Olívio deu-nos a honra
de colaborar nesta Gala Virtual. Veio de Faro
http://www.confradesdapoesia.
O ABRAÇO AZUL Não pode ser azul um terno abraço, Nem de nós está longe quem amamos, Se o vento nos lembrar e nos lembramos Que já fomos azul no mesmo laço, Na descorada cor da mesma boca, No quente entrelaçar das mesmas coxas, No abandono total das almas frouxas, Na fome de mil beijos sempre pouca. Não pode ser azul. Se for desejo, Se for carinho e for também amor, Poderá ser abraço ou ser um beijo, Mas não será azul, pois não tem cor.
Pinhal: - O nosso Confrade, Vitalino Pinhal que veio de
Sesimbra
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Prova de vida provado está que a vida é curta e bela mas que se morre um pouco em cada dia não queiras tu sem querer dar cabo dela não discuta sorria. queiras ser indulgente e confiante seja a própria justiça quem te guie e quando veres errar teu semelhante não critique auxilie. sejas calmo sereno recto e bom faz da amizade a base o alicerce tenta da tua voz não alterar o tom não grite converse. ponha o caso em si sempre que possa deixe falar quem fala nem repare e ouvindo a consciência amiga nossa não acuse ampare. Pinhal: - E temos o Zé Albano de Lisboa! http://www.confradesdapoesia. O FADO É DA HUMANIDADE O seu berço é Lisboa F alando em versos à toa A nima quem por ali passa D ando o ar da sua graça O destino tem a sua voz É assim para todos nós Dá-lhe a alma em canção Animada com o coração Hostilidades de uma vida Um adeus na despedida Manifestam-se no canto Aumenta-lhe o encanto Nas vielas ou junto ao Tejo Invoca sempre um desejo Desviado pela fortuna Afinado em vida noturna Da letra e voz de quem canta Espelha o mundo que encanta Pinhal: quase a terminar esta Gala, temos a Zezinha Fraqueza que veio de Fuseta (Algarve) http://www.confradesdapoesia. Retalhos do meu sentir ESTE MEU CORAÇÃO Quando meu coração parar… Não deixarei de amar! No meu coração… há sempre um lugar Quando quero fechar o meu coração Não posso! Quando quero deixar De sentir a desgraça… Não! Não posso fechar o coração! Quando quero viver em paz, Quando penso no que tu me dás Não posso fechar o coração! Quando penso na pobreza Quando quero ajudar o ser humano Não! Não posso parar o coração! Mas posso abrir a mão! Quando penso que há lares sem pão E passarinhos na gaiola… Sem liberdade… Não! Não posso abafar o grito! Meu bendito coração! Na minha alma há um conflito… Quando penso na falsa caridade E nas crianças indefesas… E nas que pedem esmola, porta em porta… Não! Minha alma não se conforta ! E meu coração se abre… Não ! Não posso fechar o coração! Meu coração tem cadeado! É sempre um coração apaixonado! Pinhal Dias: - E esta Grande Gala vai terminar com a querida cantora, Ana Moura cantando “Dia de Folga”. Aplausos! Manhã na minha ruela, sol pela janela O senhor jeitoso dá tréguas ao berbequim O galo descansa, ri-se a criança Hoje não há birras, a tudo diz que sim O casal em guerra do segundo andar Fez as pazes, está lá fora a namorar Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga! Sem pressa de ar invencível, saia, saltos, rímel Vou descer à rua, pode o trânsito parar O guarda desfruta, a fiscal não multa Passo e o turista, faz por não atrapalhar Dona laura hoje vai ler o jornal Na cozinha está o esposo de avental Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga! Folga de ser-se quem se é E de fazer tudo porque tem que ser Folga para ao menos uma vez A vida ser como nos apetecer Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para a tristeza ir de volta e o fado celebrar Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga Este é o fado que se empolga No dia de folga! No dia de folga!
Pinhal: E assim terminou esta Grande Gala dos Confrades
da Poesia. Agradecendo a todos que nos acompanharam, vamos
passar a emissão para o Carlos Leite Ribeiro, que está na Rádio
da Marinha Grande. Até nova oportunidade!
Carlos: - Tivemos o prazer em transmitir para todo o mundo esta Grande Gala. O nosso programa vai continuar com um bloco informativo… Formato de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal
Livro de Visitas do Portal CEN - "Cá Estamos Nós"
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